ATA DA DÉCIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 28-02-2008.

 


Aos vinte e oito dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e oito, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Dr. Raul, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mauro Zacher, Neuza Canabarro, Professor Garcia e Sebastião Melo. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo, DJ Cassiá Gomes, Elias Vidal, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Nilo Santos, Sofia Cavedon, Valdir Caetano e Wilton Araújo. À MESA, foram encaminhados, pelo Vereador Adeli Sell, o Projeto de Lei do Legislativo nº 005/08 (Processo nº 0326/08) e o Substitutivo nº 02 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 061/07 (Processo nº 1827/07). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 130/07 e 109/08, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Ervino Besson protestou contra as taxas cobradas por serviços de vistoria e confecção de placas de carros, alegando que a população brasileira está sobrecarregada por tributos e que muitas vezes a burocracia obriga a refazer determinados procedimentos sem necessidade. Sobre o assunto, relatou situação vivenciada por Sua Excelência, que precisou trocar as placas de seu carro, o qual teve o lacre rompido, sendo o novo conjunto igual ao que já estava no veículo, o que não justificaria esse procedimento. A seguir, foi apregoado o Memorando nº 042/08, firmado pelo Vereador Sebastião Melo, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa a Representação Externa do Vereador Carlos Comassetto, nos dias vinte e cinco e vinte e seis de fevereiro do corrente, em atividades de elaboração do Plano Nacional de Habitação de Interesse Social, no Ministério das Cidades, em Brasília – DF. Também, o Senhor Presidente registrou a publicação, na edição de hoje do Diário Oficial de Porto Alegre, da Resolução de Mesa nº 389/08, que institui Comissão Especial destinada a avaliar o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/07, o qual dispõe sobre o desenvolvimento urbano ambiental do Município de Porto Alegre, institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto Alegre – PDDUA – e dá outras providências. Ainda, o Senhor Presidente informou que seria encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça consulta relativa à continuidade ou não das Sessões nos casos de votações ocorridas fora da Ordem do Dia nas quais seja constatada a inexistência de quórum deliberativo. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Alceu Brasinha registrou sua satisfação com a vitória do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense na noite de ontem, em partida contra o Grêmio Esportivo de Jaciara. Também, enalteceu a atuação do Senhor José Fogaça à frente do Governo Municipal, elogiando resultados obtidos nas áreas de obras e viação, limpeza urbana, indústria, comércio e iluminação pública. Finalizando, aplaudiu a continuidade das obras de ampliação da Avenida Baltazar de Oliveira Garcia. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador DJ Cassiá Gomes, referindo-se a debates acerca do aumento do consumo de cocaína no Brasil, ocorridos na Sessão Ordinária de ontem, chamou a atenção para os malefícios causados pelo uso de “crack”, especialmente por crianças e adolescentes. Em relação ao assunto, asseverou que a falta de investimentos governamentais em programas de recuperação de dependentes químicos, em educação e em alternativas culturais tende a agravar esse quadro. O Vereador Bernardino Vendruscolo apresentou dados relativos ao volume de recursos arrecadados pela Prefeitura Municipal pela cobrança parcelada do Imposto sobre a transmissão “inter-vivos” – ITBI –, atentando para o fato de que essa forma de pagamento foi proposta em Projeto de Lei de sua autoria. Sobre o tema, cobrou do Governo Municipal maior divulgação da possibilidade de parcelamento desse tributo, para que a população busque a regularização de seus imóveis. Em continuidade, constatada a existência de quórum deliberativo, foi aprovado Requerimento de autoria da Vereadora Maristela Meneghetti, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares do dia vinte e cinco de fevereiro do corrente ao dia de hoje. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador João Carlos Nedel, discorrendo acerca das obras de ampliação da Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, relatou operação de remoção de uma figueira e a transposição da fiação elétrica realizadas no local, acompanhadas por Sua Excelência, e destacou a complexidade na realização desses trabalhos. Além disso, divulgou as atividades da Frente Parlamentar do Turismo na busca da promoção, desenvolvimento e incremento do turismo em Porto Alegre. A Vereadora Margarete Moraes convidou todos para Audiência Pública a ser realizada no dia quatro de março do corrente, na Assembléia Legislativa do Estado, acerca da possibilidade de fechamento de escolas públicas da rede estadual de ensino. Ainda, comentou a renúncia do Senhor Fidel Castro do cargo de Presidente do Conselho de Estado de Cuba, solidarizando-se com a luta do povo cubano contra o bloqueio econômico imposto a esse País pelo governo dos Estados Unidos da América. O Vereador Ervino Besson propugnou por maior discussão do Código de Trânsito Brasileiro, em especial quanto à vistoria e emplacamento de veículos e à exigência de decalques nos capacetes usados pelos motociclistas. Da mesma forma, asseverou que se observam diferentes interpretações dos artigos dessa legislação, gerando confusão e equívocos por parte dos agentes responsáveis pela fiscalização nesse setor e acarretando prejuízos financeiros e transtornos à população. A seguir, constatada a existência de quórum deliberativo, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador Professor Garcia, solicitando alteração na ordem dos trabalhos e na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em prosseguimento, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 009/08, por vinte e nove votos SIM, após ser discutido pelos Vereadores Adeli Sell, João Antonio Dib e Carlos Todeschini e pela Vereadora Maria Celeste e encaminhado à votação pelos Vereadores Carlos Todeschini, João Carlos Nedel e Professor Garcia, em votação nominal solicitada pelo Vereador Sebastião Melo, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, DJ Cassiá Gomes, Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Mauro Zacher, Neuza Canabarro, Nilo Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Wilton Araújo. Durante a apreciação do Projeto de Lei do Executivo nº 009/08, o Vereador Marcelo Danéris cedeu seu tempo de discussão ao Vereador Carlos Todeschini. Após, o Senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Carlos Todeschini reportou-se ao tratamento discriminatório dispensado pelos órgãos de comunicação de massa ao Partido dos Trabalhadores, citando exemplos de notícias de irregularidades na administração pública em que os envolvidos, quando pertencentes ao PT, têm sua vinculação partidária explicitada, ao passo que, com integrantes de outras legendas políticas, essa vinculação é omitida. Em PAUTA, Discussão Preliminar, em 2ª Sessão, estiveram: o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 025/07, discutido pelos Vereadores Carlos Todeschini, Margarete Moraes, João Carlos Nedel e Aldacir Oliboni, os Projetos de Lei do Legislativo nos 102, 247, 279, 287, 314, 315, 316, 317, 320, 322, 325, 278 e 318/07, os dois últimos discutidos pelo Vereador Aldacir Oliboni, 002, 003, 004, 007, 008 e 009/08, este discutido pelo Vereador Aldacir Oliboni, os Projetos de Lei do Executivo nos 002, 004, 005, 006, 008 e 001/08, este discutido pelo Vereador João Carlos Nedel, os Projetos de Resolução nos 085/07, discutido pelos Vereadores Dr. Raul, Margarete Moraes, João Carlos Nedel e Aldacir Oliboni, e 088/07, discutido pelos Vereadores Dr. Raul e Aldacir Oliboni. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Mauro Zacher discorreu sobre a gestão realizada por Sua Excelência na Secretaria Municipal da Juventude. Sobre o assunto, apresentou relatório de auditoria efetuada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, segundo o qual não foram constatadas irregularidades merecedoras de registro na implantação, em Porto Alegre, do Programa Nacional de Inclusão de Jovens: Educação, Qualificação e Ação Comunitária – ProJovem. O Vereador João Antonio Dib parabenizou este Legislativo pela aprovação, hoje, do Projeto de Lei do Executivo nº 009/08, que autoriza a Prefeitura Municipal a contratar empréstimos internacionais para implementação do Projeto Integrado Socioambiental. Sobre o assunto, historiou a captação de recursos e as obras realizadas na Cidade ao longo das últimas décadas, com a finalidade de construção de estações de tratamento de esgotos e saneamento básico. A Vereadora Maristela Maffei criticou a falta de iniciativas dos Governos do Estado e do Município para investimentos destinados a amenizar os problemas mais urgentes que afligem a população. Nesse contexto, mencionou notícias que relacionam Porto Alegre entre as capitais com maior consumo de cocaína do País, questionando as ações do Secretário de Segurança Pública, Senhor José Mallmann, no combate ao consumo de álcool e drogas em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul. Às dezesseis horas e cinqüenta e três minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Sebastião Melo, Claudio Sebenelo, Carlos Todeschini e Aldacir Oliboni e secretariados pelo Vereador Ervino Besson. Do que eu, Ervino Besson, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 


O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

O Ver. Ervino Besson está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Valdir Caetano.

 

O SR. ERVINO BESSON: Meu caro Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e no Canal 16 da TVCâmara, eu queria saudar a todos.

Eu quero agradecer, de uma forma muito carinhosa, ao meu colega Ver. Valdir Caetano, que cedeu o seu tempo a este Vereador no Grande Expediente do dia de hoje. Portanto, muito obrigado, meu querido colega Ver. Valdir Caetano.

Eu quero fazer uma denúncia. Eu quero a gentileza da atenção dos Srs. Vereadores e das pessoas que têm a oportunidade de nos assistir no Canal 16 da TVCâmara. Acho que muita gente ainda não esqueceu, alguns anos atrás, quando o Contran fez uma resolução obrigando que cada motorista tivesse este kit de primeiros socorros. Eu pediria que a TVCâmara mostrasse, e a população vai se lembrar que muita gente adquiriu este kit e sequer utilizou. (Mostra o kit.) Depois, alguém ganhou dinheiro em cima disso, veio nova determinação e não foi mais obrigatório.

Há poucos dias, deu aquele problema dos selos nos capacetes das motos. São decisões assim que, muitas vezes, revoltam a população. Muita gente gasta o que não pode gastar e, de repente, uma lei, um decreto... porque este País, ultimamente, é administrado por decretos, por Medidas Provisórias, enfim, depois que as pessoas gastam, aí eles revogam e fica tudo por isso mesmo.

A denúncia que eu quero fazer hoje - isso me revolta – é de algo que aconteceu com este Vereador. Há poucos dias eu fui atacado numa barreira policial – aliás, parabenizo o trabalho da Brigada por fazer essas barreiras -, me atacaram e disseram: “Olha, o lacre da tua placa está com problema, alguém tirou o lacre.” Eu disse: “Tudo bem.” Eles disseram: “Vai ter que fazer uma vistoria para lacrar.” Eu disse: “Perfeitamente.” Fui ao banco, paguei a taxa de R$ 41,99 e fui fazer a vistoria. Feita a vistoria, o profissional que me atendeu, muito educadamente, muito preparado, me disse: “Olha, cidadão, só que tem uma coisa, o senhor vai ter que fazer uma placa nova, porque há uma lei do Contran, que passou a vigorar no dia 1° de janeiro de 2008, que padronizou as placas, e o senhor vai ter que fazer uma placa nova.” E disse ele assim: “Isso está dando muito problema para nós. [Eu vou usar a forma, as frases que ele usou.] Infelizmente, essas pessoas que sentam atrás de uma mesa, numa cadeira, numa máquina e determinam, baixam essas normas aqui, não sabem o que a gente sofre na ponta. Porque quem atende a população somos nós, dá um problema sério para nós padronizar as placas.”

Vou mostrar aqui a placa do meu veículo, TVCâmara, por gentileza, está aqui a placa. (Mostra a placa.) Qual é a diferença? Padronizou a placa? Não, tu tens que fazer uma placa nova, porque tem aqui a Resolução do Contran... Está aqui a placa. Bom, aí eu mandei fazer nova placa, está aqui. (Mostra a outra placa.) Qual é a diferença? O tamanho é o mesmo. Isso é brincar com o povo! O povo brasileiro é um povo bom demais. Por quê? Qual é o problema? O problema é que um burocrata deles, só pode ser um burocrata, atrás de uma mesa, numa cadeira, enfim, determinou, porque viram que o nove tinha um problema, não tinha a perninha torta. Aí baixou a Resolução de que a cada troca de veículo tem que fazer uma placa nova. É brincadeira! Sai R$ 40,00 a placa nova. Estão aqui as duas placas: esta é a velha e esta é a nova. (Mostra as duas placas.) Isso aí é revoltoso. O nosso povo é um povo bom demais.

Chamo a atenção dos nossos Senadores, dos nossos Deputados Federais que têm que rever esse tipo de resolução que é baixada lá e sobra para o povo. É o povo que sofre, que paga por isso. Isso é brincar com a população, é brincar com a bondade do povo. Agora, se há um problema do número nove, Ver. João Antonio Dib, então a placa que tem o número nove, que acham que é falcatrua... Por exemplo, o meu carro tem o número nove. E esses outros que não têm, para que fazer uma placa se é a mesma placa? Para quê?

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Ervino Besson, as Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito são muito claras. Elas trazem o tipo de letra, o tipo de número, o tipo de placa, e deve ser observado se há uma diferença, pode se dar a entender que não foi feita em local oficial, que a placa pode ter sido clonada ou adulterada. Então, o melhor é fazer exatamente como determina a Resolução do Conselho Nacional de Trânsito.

 

O SR. ERVINO BESSON: Ver. João Antonio Dib, não é isso!!! O meu carro é do ano 1999. Isso é decisão de burocratas, que só sabem sentar à mesa, pegar uma cadeira e decidir algo. Quem é que ganha com isso? Ora, vamos parar. Sai 40 reais cada placa. Quanta gente estava lá reclamando, pois sequer tem condições de pagar! Se pagamos uma vistoria e uma placa, são mais de cem reais. São burocratas, Ver. João Antonio Dib! Pelo amor de Deus! Eu acho que temos que parar com isso neste País. Os Senadores, os Deputados Federais têm que acompanhar esse tipo de Resolução. O povo brasileiro é um povo bom demais, mas acho que um dia vai cansar.

 

O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Ervino Besson, V. Exª pertence a um Partido que tem representantes no Congresso Nacional, tanto no Senado da República quanto na Câmara Federal. Essas são questões de cunho federal. Em primeiro lugar, o Contran não faz leis, faz resoluções. E as resoluções não podem se chocar com as leis. Assim como a Anvisa faz resoluções – eu sei, eu leio, eu acompanho – que se chocam com a legislação maior. A culpa é da Câmara dos Deputados, inoperante, que não faz o que tem que fazer. Então, temos que cobrar dos Deputados Federais. Por exemplo, do seu discurso, eu tiraria cópia, ou V. Exª faria um documento para a sua Bancada ou para a Bancada gaúcha, porque isso é uma desatenção do Congresso Nacional. Então, muitas vezes se fala da Câmara de Vereadores, que isso ou aquilo. O que é que faz a imprensa sobre isso, Vereador? Eu quero saber o que é que a imprensa do Rio Grande do Sul tem feito em defesa do cidadão. Porque, aqui, todo mundo ou quase todo mundo tem medo de falar da imprensa, de questionar a imprensa. Isso é que está errado, porque esse é o tipo de coisa que merece uma mesa redonda na mídia local para colocar as posições que existem. Porque, na verdade, V. Exª está dizendo que o grande prejudicado é consumidor. Então, vamos reivindicar juntos! Primeiro, a sua Bancada de Deputados Federais e de Senadores; segundo, a Bancada gaúcha, que se reúne todas as segundas-feiras aqui em Porto Alegre – ou deveria se reunir -, e, depois, evidentemente, a mídia, que fica fazendo algumas campanhas, mas não coloca os problemas do todo. Então, nós temos que também botar as coisas... Para falar mal de nós tem muita gente disposta, agora, para nos ouvir tem pouca gente.

 

O SR. ERVINO BESSON: Obrigado, Ver. Adeli. Inclusive eu alertei aos Deputados Federais.

 

O Sr. João Carlos Nedel: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ilustre Ver. Besson, quero cumprimentá-lo por ter trazido este assunto, porque é um assunto informativo também para toda a nossa população. Eu não sabia desse assunto. E como V. Exª citou bem, já foi criada essa Lei dos kits, que foi um absurdo. Agora, um outro burocrata cria uma Resolução absurda e tudo isso é o povo que paga. E, tristemente, o povo já está cansado de pagar excesso de carga tributária, de taxas, de emolumentos, de contribuições. Por isso quero cumprimentá-lo pela oportunidade da informação e da sua denúncia. Meus parabéns!

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Sr. Ver. Ervino Besson, eu compreendo a irritação de V. Exa, mas a empresa que fabricou a placa, que produziu a placa tem que ter conhecimento das regras do Conselho Nacional de Trânsito e tem que fazer exatamente como lá se determina. Não pode ser diferente.

 

O SR. ERVINO BESSON: Ver. João Antonio Dib, o problema é que o meu carro é de 1999, eu comprei o carro zero km e ele veio com essa numeração. É só falar com o pessoal que trabalha... E ele me colocou mais: “Tem mais um problema, há quatro, cinco marcas de veículos que não têm local adequado para colocar essa placa padrão. A estética do carro... Isso está dando um problema sério para nós.” Então, esses burocratas, Ver. João Antonio Dib, deveriam, sim, ouvir a população, ouvir as empresas, e não apenas sentar atrás de uma mesa, numa cadeira, pegar um lápis, uma máquina e baixar essas resoluções aí! E o povo é que paga por isso. Ora, estão brincando demais com a bondade, com a lisura do povo brasileiro!

 

O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador Ervino Besson, eu quero cumprimentá-lo, quero me somar à sua defesa, como também ao que o Ver. Adeli Sell disse, que, evidentemente, não é uma questão de ter medo da imprensa, mas a imprensa poderia nos dar a oportunidade de divulgarmos aquilo que pensamos.

Agora, o Presidente que está nos ouvindo, que está coordenando os trabalhos desta Casa, já falou que iria nos dar mais espaço na TVCâmara, e eu acho que este é o caminho, nós termos mais espaço aqui, Presidente, para podermos discutir isso e, quem sabe, despertarmos o interesse e a luta dos Deputados Federais de todos os Partidos, principalmente os daqui do Rio Grande do Sul.

 

O SR. ERVINO BESSON: Que bom, Vereador, quem sabe, a Câmara faça um debate com todas as Bancadas, e o fotógrafo da Casa tirou fotos dessas placas. Vamos discutir isso aí! Vamos levar ao público isso aí! Eu vejo como uma agressão à população essa questão do número nove. Ora! Dizia-me o rapaz, lá: “Há quantos anos o número nove vem escrito assim?!” E, agora, mudaram e pronto; muda a placa, muda a estrutura toda, e, para os que trabalham no Detran e ouvem mil coisas por dia, eles têm que obedecer a essa Resolução lá de cima!

Verª Maristela Maffei, por gentileza.

 

A Srª Maristela Maffei: Vereador, só como sugestão: V. Exª também faz parte da CUTHAB e uma das questões que nós temos de debater é sobre o transporte, enfim, a questão das resoluções, de toda a problemática em torno deste tema.

Então, eu acho que V. Exª, que é integrante da Comissão, pode sugerir ao Presidente para que possamos estar à frente deste debate. Obrigada.

 

O SR. ERVINO BESSON: Obrigada, Verª Maristela Maffei. Portanto, acho que nós, como Vereadores desta Câmara Municipal de Porto Alegre, devemos ouvir as denúncias e estamos aqui para defender o nosso povo! É para isso que fomos eleitos, a população de Porto Alegre nos colocou aqui, assim como os Deputados Estaduais, os Deputados Federais e os Senadores. Qual é a nossa obrigação e a de todos os Parlamentos? Defender a população. Então, eu vejo isso, sinceramente, como uma agressão à população! Baixam uma norma de que o número nove tem problema de escrita. Se a minha placa do carro tem o número nove, vamos estabelecer que só no meu veículo esse número seja trocado, ou naqueles em que o número nove está malfeito e pode trazer algum problema. Então, vamos trocar apenas o número nove; não todas as placas. Está aqui feita a denúncia e nós temos, sim, que defender o nosso povo. Acho que devemos fazer um debate na TVCâmara, com a participação das pessoas responsáveis, dos que trabalham nos órgãos responsáveis. Acho que há tantas coisas importantes para nos preocuparmos, como criar mecanismos que dificultem o roubo e o furto de veículos; com a segurança da população que tem seus veículos roubados, o que acontece no dia-a-dia. Agora, vão se preocupar com o número das placas dos veículos?! A gente se irrita quando isso acontece com a gente, e vemos o que acontece com esse nosso povo, que não tem para quem reclamar. Enfim, eles têm de agüentar no osso. Graças a Deus, temos esta tribuna, onde o povo pode reclamar e nós estamos aqui para defendê-lo. Muito obrigado, Presidente.

(Não revisado pelo orador.).

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Mesa recebe o Memorando nº 042/08 - Representação -, com o seguinte teor (Lê.): “Comunicamos que o Ver. Carlos Comassetto estará representando esse Legislativo, nos dias 25 e 26 do corrente mês, na condição de Conselheiro do Conselho Nacional das Cidades, representando o segmento Legislativos Municipais no Plano Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, em Brasília.”

Senhores Vereadores - e muito especialmente Vereador Elói Guimarães -, foi publicada, no Diário Oficial de hoje, a Resolução que constitui a Comissão Especial do Plano Diretor. V. Exas. têm o prazo de cinco dias, a contar de amanhã, para a devida instalação.

Quero comunicar a esta Casa - e, especialmente, pedir a atenção do Presidente da CCJ, Ver. João Carlos Nedel - que a Diretoria Legislativa estará formulando, na data de hoje, uma consulta, tendo em vista o incidente ocorrido, neste Plenário, quando não se entrou na Ordem do Dia, em votação de requerimento para inversão de pauta, se deveria ter continuado a Sessão, mesmo com menos de 19 Vereadores. Queremos ouvir a CCJ sobre esta matéria. Portanto, a consulta será formulada ainda hoje.

O Ver. Wilton de Araújo está com a palavra em Grande Expediente. (Pausa.) Ausente.

 O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, estou mais feliz ainda, Ver. Haroldo, porque esta cor azul, ontem, deu um verdadeiro espetáculo, o que demonstra que, mais uma vez, nós vamos chegar lá, nós temos tradição. O Presidente Odone foi um dos pioneiros que ganhou a primeira Copa Brasil, e, certamente, nós conseguiremos chegar à Copa Libertadores, através da Copa Brasil. Mais ainda: estou torcendo para o Internacional chegar junto, para ter Gre-Nal e, no final, eliminarmos, definitivamente, o Internacional.

Mas eu venho a esta tribuna falar do trabalho que está sendo feito na Cidade. O Prefeito Fogaça ou, como o Secretário Busatto fala, o Professor Fogaça e a sua Escolinha estão-se entendendo muito bem. Estão trabalhando muito pela Cidade.

 

(Aparte anti-regimental da Verª Maristela Maffei.)

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Esta Cidade é Porto Alegre, Vereadora! A gente, que anda muito pela Cidade, vê que a Cidade está ficando limpa, bonita, iluminada. E mais ainda: todo mundo conhece a Rua Ramiro Barcelos. O Secretário Maurício Dziedricki fez um trabalho de colocar asfalto, novamente, nas ruas, e a Rua Ramiro Barcelos está bonita, fazia muito tempo que a gente não via aquela rua tão bonita como está agora, sendo totalmente recuperada, Ver. Bernardino. Mais ainda: eu costumava dizer que o Prefeito Fogaça tinha um time de futebol em que um centroavante não fazia gol, que era o DMLU. Hoje está fazendo muitos gols, está limpando a Cidade. A Cidade está bonita, a Cidade está limpa; a gente encontra o pessoal limpando e fazendo o trabalho pela comunidade.

O Secretário Idenir Cecchim, que é um extraordinário Secretário também, tem trabalhado tanto que, hoje, quando eu passei ali na Av. Mauá – Ver. Adeli, sei que o senhor trabalhou muito nesta Cidade – vi aquele prédio, aquela obra fantástica, fiquei arrepiado por pensar no privilégio que esses cidadãos que trabalham como camelôs vão ter, pois terão seu endereço, sua lojinha, vão estar documentados, não vão trabalhar informalmente. Essa é a Administração que está comandando a Cidade.

O Prefeito Fogaça tem feito muito pela Cidade na área de Habitação; o Secretário Tessaro também tem trabalhado intensamente pela Cidade. Mais ainda, Ver. Guilherme Barbosa: dentro de nove meses, mais ou menos, a cidade de Porto Alegre estará totalmente iluminada graças a um trabalho de base que esse Governo Fogaça vem fazendo.

Ontem eu fui à Av. Baltazar de Oliveira Garcia, costumo ir, pelo menos duas vezes por semana, visitar a Av. Baltazar, e as obras estão andando muito bem.

 

(Aparte anti-regimental da Verª Maria Celeste.)

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Verª Maria Celeste, com todo o respeito que tenho pela senhora, minha eterna presidenta, quero dizer para a senhora que na véspera do feriadão, Vereadora, eu tive o trabalho de contar quantos estavam trabalhando ao longo da Av. Baltazar: 148 trabalhadores! É, na véspera do feriadão de carnaval, 148 pessoas. Imagine hoje, que não é véspera de feriado, deve ter mais gente trabalhando. A senhora sabe que a gente visitou várias vezes a Av. Baltazar de Oliveira Garcia e mais: quando a Governadora foi reabrir as obras e prometeu que elas não parariam mais, eu fiquei com o “pé atrás”, mas quis acreditar e estou acreditando que as obras não param mais e só vão parar quando estiverem definitivamente concluídas.

Também quero dizer para o meu querido Ver. Mario Fraga que, como tanta gente, gosta do esporte. Compartilhemos juntos, Deus há de iluminar seus caminhos e o senhor vai melhorar rapidamente, Vereador. O senhor sabe que aqui tem um irmão. Obrigado, senhores.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Passamos às

COMUNICAÇÕES

 

O Ver. DJ Cassiá Gomes está com a palavra para uma Comunicação de Líder, por cedência de tempo do Ver. Almerindo Filho.

 

O SR. DJ CASSIÁ GOMES: Boa-tarde, Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, demais presentes nesta Casa, eu quero dar uma continuidade ao tema que ontem nesta tribuna foi levantado por diversos Vereadores, sobre a informação que chega por parte da imprensa do aumento do uso da cocaína. Eu quero dar uma informação não vinda até este Vereador através da imprensa, mas pelo acompanhamento, pela minha vida dentro dessas comunidades carentes. Eu quero aqui dar meu relato de algo que vi pessoalmente, que não é sobre o aumento do uso da cocaína, mas sim de uma droga que está-se alastrando e está matando muito mais do que a cocaína, que é o crack, usado pelo nosso jovem; hoje até as crianças o usam. Hoje, meus colegas, já não é mais aquele líquido que se chamava loló, que as crianças usavam no nariz, que predomina; hoje é o crack que está predominando. Agora eu pergunto aqui: há um projeto, há alguma coisa hoje, nos nossos Governos, de recuperação desse jovem, dessa criança? Não há! Não há, Ver. Elias Vidal, e a prova está hoje aí: mães acorrentando seus filhos, por causa do uso do crack e por que não têm para aonde os levar. E a gente sabe que a recuperação, hoje, é muito cara. Numa clínica especializada, o valor varia de 500 reais a mil reais! Imaginem, se um pobre - que não tem nem o que comer - vai ter dinheiro para pagar a recuperação do seu filho numa clínica! Poxa! Aí eu pergunto, ou me pergunto: com escolas fechando, vão ter que abrir mais presídio, e, no presídio, qual é o tipo de recuperação que há? Eu digo: quem entra lá tem pós-graduação no crime! E eu vou mais longe: por que aumenta, hoje, o uso do crack, a violência? Por falta de educação, e as escolas estão fechando! E onde está a nossa cultura, Ver. Adeli?

 

O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. DJ Cassiá, na verdade, há falta de espaços públicos para a nossa criançada, especialmente a juventude, bem como há falta de mercado de trabalho. Por isso que os projetos Chão de Fábrica, Consórcio da Juventude, ProJovem, merecem toda a nossa atenção e controle absoluto sobre as verbas, para que as pessoas possam estudar, se preparar para o trabalho, ter lazer.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Obrigado, Vereador.

 

O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado pelo aparte, DJ. Nessa linha de defesa do Ver. Adeli, quero dizer que eu, por mais de uma vez, me pronunciei contra o projeto de construção daquela obra na esquina da Av. Princesa Isabel com a Av. João Pessoa, porque ali não tem lugar para lazer, ali não há espaço, ali é muito ruim. Para aquele projeto que a Prefeitura está tocando - eu não sei se acabou - poderiam ter negociado uma área bem maior, com mais área de lazer, área de esporte para os nossos jovens. Parabéns pelo seu pronunciamento.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Então, o que me leva, aqui, a me manifestar é a falta de investimento na educação de qualidade dentro das nossas comunidades e a falta de cultura, que não existe; é zero! O investimento na nossa cultura popular é zero! Zero! Muito obrigado, Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Elias Vidal está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Desiste.

O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra em Comunicações, por cedência do Ver. Haroldo de Souza.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Ver. Sebastião Melo, Presidente desta Casa; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, primeiro eu quero agradecer ao Ver. Haroldo de Souza pelo espaço cedido, para que nós pudéssemos aqui, Ver. Haroldo e demais Vereadores, mostrar o resultado dos últimos 24 meses do Projeto de parcelamento do ITBI. São resultados, Ver. Adeli Sell, altamente positivos. E eu quero cumprimentar todos os Vereadores que sempre entenderam, como nós entendíamos e entendemos, que o parcelamento do ITBI é um Projeto que veio para ficar. Aquilo que os técnicos da Fazenda temiam no passado - está confirmado aqui - não é um bicho-papão, pelo contrário, é um “coelhinho” que precisa ser melhor divulgado, e, por isso, Ver. Professor Garcia, nosso querido Líder do Governo, a minha indignação, muitas vezes de forma até exagerada. E eu lhe peço, não desculpa, mas compreensão por este pobre Vereador que tem sofrido tanto para divulgar esse Projeto, porque enquanto o Executivo não divulga, só toca a mim divulgar. E aí, como atrevido, boto o outdoor na Cidade, a Justiça manda recolher, me pune, eu apanho e venho aqui mostrar os resultados, Ver. Adeli. (Mostra o gráfico.) Só para que V. Exª e os demais tomem conhecimento - evidentemente que nós temos um Vereador lendo, mas ele é muito atento e se eu não falar ele vai fazer interferência, que é o Ver. Dib -, nessa área nós teríamos um crescimento vegetativo, Ver. João Antonio Dib, se nós não tivéssemos o parcelamento, nós não chegaríamos a tanto: mais de 40% no aumento do ITBI. Se nós compararmos 24 meses sem parcelamento com os últimos 24 meses, até dezembro, agora, do ano que passou, com parcelamento, mais de 40% da receita do ITBI. Certamente muitas pessoas foram beneficiadas, e muito mais teriam sido se este Projeto tivesse recebido um pouco de divulgação. Faço um apelo ao Secretário Cristiano Tatsch – foi tão bonzinho, quando concordou em homologar esse Projeto -, ao nosso querido Prefeito... Aliás, o Ver. Brasinha fez uma defesa aqui, e quero cumprimentá-lo. Realmente o nosso Prefeito... O Ver. Adeli não me deixa falar. Vereador, por favor! O nosso Prefeito Fogaça tem feito um trabalho maravilhoso para esta Cidade. Só que fazemos um apelo: por favor, vamos divulgar o parcelamento do ITBI que é necessário. Porque as pessoas não têm como descobrir que o parcelamento está vigorando.

 

O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nesta semana, Ver. Bernardino, nós tivemos uma Audiência Pública na CEFOR, e chamou-me à atenção o fato de que o ITBI foi o tributo que mais aumentou. O IPTU já teve um aumento bastante substantivo, de 29%, e o ITBI passou de 40%. Então, a minha Bancada do PT acompanhou V. Exª em toda essa batalha, porque acredita que isso ajuda a Cidade. Por isso a nossa postura de oposição é construtiva; não do quanto pior, melhor. Temos que desfazer, inclusive, o pensamento de alguns jornalistas que vivem instigando, dizendo que o PT vive instigando para ver se as coisas ficam piores. Bom, pior do que está, não pode ficar. Por isso somos sempre propositivos.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Eu quero confirmar, Ver. Adeli, todos os Vereadores, inclusive os Vereadores da grande Irai, todos os Vereadores do PT, da Bancada do PT, estiveram aqui defendendo esta idéia, nos deram embasamento, nos forneceram o seu apoio, a sua contribuição desde o início deste pleito para o parcelamento do ITBI. Sou testemunha disso, agradeço a todos os Vereadores, especialmente aos Vereadores da oposição.

 

O Sr. Elias Vidal: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Bernardino, quero parabenizá-lo, porque acredito que V. Exª está dando uma grande contribuição para a cidade de Porto Alegre. Como Presidente da CEFOR – Comissão de Economia e Finanças, quero lhe dar os parabéns, porque todas as demais áreas do Executivo dependem da “saúde” financeira. E V. Exª deu uma grande contribuição com esse Projeto, facilitando a vida do munícipe. Meus parabéns. Obrigado.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Nós todos, Vereador. Todos os Vereadores que de uma forma ou de outra... Até muitas vezes, Vereador, aqueles que votam contra acabam colaborando, porque dão quórum. Obrigado.

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Bernardino, eu também quero dar meus parabéns por este Projeto.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Aqui há muitos gremistas que certamente se beneficiaram.

 

O Sr. Alceu Brasinha: Com certeza. Vereador, quero dizer que realmente eles deveriam ajudar a divulgar mais, porque isso é um bem para a Cidade, pois ajuda a buscar o dinheiro que está atrasado. Isso seria muito bom para a Cidade, se o Prefeito colocasse na mídia. O senhor está de parabéns.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Termino fazendo um apelo ao Prefeito para que divulgue - e ao Ver. Brasinha, usando o seu caminhão - o parcelamento do ITBI em Porto Alegre. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Maristela Meneghetti solicita Licença para Tratar de Interesses Particulares no período de 25 a 28 de fevereiro de 2008. Em votação. (Pausa.) Os. Srs. Vereadores que aprovam o Pedido de Licença permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Solicito ao Vereador 1º Vice-Presidente, Claudio Sebenelo, que assuma a presidência dos trabalhos.

 

(O Ver. Claudio Sebenelo assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Exmo Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Vereadores e Vereadoras, senhoras e senhores, como sempre faço – e este mês andei pela Cidade por volta de 3.000 km - ando pela Cidade atendendo às demandas da população. Estive lá atrás do Porto Seco, para onde serão relocalizadas as Vilas Dique e Nazaré, e pude constatar o andamento das obras de terraplanagem preparando a área para a construção de – sei lá – 1.500 moradias, para, finalmente, a Vila Dique e parte da Vila Nazaré serem colocadas. É uma notícia boa. Vi inúmeras máquinas trabalhando, ou seja, tentando acelerar a solução de um problema histórico em Porto Alegre, a existência da Vila Dique, em que as pessoas moram sem condições de dignidade. Com essa transposição nós teremos de volta a dignidade das pessoas, teremos a expansão do nosso Aeroporto, das nossas exportações e do nosso turismo. É uma boa notícia.

O Ver. Alceu Brasinha falou sobre a Av. Baltazar de Oliveira Garcia. Eu tive a oportunidade, Ver. DJ Cássia, de testemunhar a difícil tarefa de transferência, de transposição de uma figueira centenária, lá, ao lado do Colégio São Francisco, e foi realmente um aparato muito grande, com equipamentos de elevada complexidade, colocados à disposição. Quando passei, às 9h30min, estavam ainda fazendo a retirada da figueira, e, quando voltei, ao meio-dia, já estavam replantando-a em outro local. É por isso que Porto Alegre é considerada uma Capital onde se respeita o meio ambiente. Isso é muito bom.

Foi uma operação cara, onerosa para a Cidade, mas se preservou uma figueira centenária, lá na Av. Baltazar de Oliveira Garcia. E também vi o trabalho frenético das obras; lá estavam reformando ou construindo nova ponte sobre o arroio Mangueira, por isso a Av. Baltazar de Oliveira Garcia estava interrompida.

Vi também as obras de asfaltamento, vi a grande dificuldade que existe para substituir os postes de energia elétrica; eles já estavam todos colocados, e, em alguns lugares, já estavam fazendo a ligação da rede, a nova religação, que é um trabalho demorado e complicado.

Nós continuamos trabalhando com a Frente Parlamentar do Turismo. A Frentur realizou, ontem, uma reunião com a Convention Bureau, foram excelentes as perspectivas de resultados.

Nós também vimos que a Câmara de Vereadores está apoiando e fará todos os esforços para trazer a Cebit, Feira Internacional de Tecnologia de Informação, Telecomunicações, Softwares e Serviços, que se realiza na Alemanha, para a nossa Capital, para que daqui a um ou dois anos aqui seja realizada. É a maior Feira de Tecnologia do mundo que esperamos que seja realizada na nossa Capital, é uma grande oportunidade para o nosso Turismo de Eventos. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): A Verª Margarete Moraes está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Exmo Sr. Presidente dos trabalhos, Ver. Claudio Sebenelo; Vereadores e Vereadoras, público que nos assiste, enquanto a Administração Popular construiu quatro escolas por ano - e quando se fala sobre Educação e que a criança é o futuro, nós dizemos que criança é o presente; as crianças querem soluções hoje, não para o futuro - a Governadora Yeda fecha escolas. Temos a Escola Argentina, aqui no Bom Fim, e vemos pela televisão as crianças pequenas desesperadas, agarradas aos pais; e os pais, em uma ação de muita angústia, tomaram conta da Escola, que agora foi retomada pela SEC. Quero convidar todos e todas para uma Audiência Pública, na Assembléia Legislativa, sobre essa gravíssima questão, com relação a qual o Prefeito Fogaça “lava as mãos”, como sempre, faz que não enxerga, como se isso não afetasse o Município de Porto Alegre.

Eu me inscrevi no período de Comunicações para falar sobre o Comandante Fidel Castro. Por razões de saúde, por idade também - ele tem 81 anos - e por razões pessoais, ele anunciou que não aceitaria mais concorrer ao cargo de Presidente do Conselho de Estado e também ao cargo de Comandante en Jefe das Forças Armadas de Cuba. Essa foi um decisão pessoal, Verª Maristela Maffei, do nosso Fidel Castro, e ganhou as manchetes do mundo todo. Inclusive o jornal O Globo dedicou um caderno especial com razões sérias, como é caso da revista Carta Capital, razões sérias, não apenas declarações de amor e ódio de quem não tem nada a ver com a Revolução Cubana. E essas manchetes, em todos os jornais, inclusive em Porto Alegre, confirmaram o significado político da Revolução Cubana. E aqui a gente quer homenagear as expressões dessa Revolução, como Camilo Cienfuegos, o Raul Castro e o próprio Che Guevara, que são símbolos, marcas que realizaram o sonho de uma geração de esquerda do mundo – da qual eu tenho orgulho de fazer parte -, uma geração que queria compreender, mudar, transformar o mundo, que amava os Beatles e os Rolling Stones, que, romanticamente, se colocava contra a opressão das classes sociais e contra os costumes e os hábitos hipócritas. Depois foi a geração de 1968 que conseguiu mudar essas relações. Essa geração do Fidel Castro realizou a luta contra a ditadura de Fulgêncio Batista; e hoje todos sabem que Cuba era o “prostíbulo” da América Latina, a máfia estava lá instalada, era o pátio dos Estados Unidos, uma ilha de lavagem de dinheiro.

Nós queremos lembrar a heróica guerrilha da Sierra Maestra, o triunfo, em 1º de janeiro de 1959, dos revolucionários, e essa cena virou um dos clássicos do cinema como no filme O Poderoso Chefão, que mostra alguma coisa desse momento histórico no mundo.

Também Fidel Castro conseguiu derrotar os mercenários de Miami, na Playa Girón, na Baía dos Porcos; conseguiu fazer resistência ao bloqueio criminoso, econômico, dos Estados Unidos - isso, sim, é terrorismo de Estado -, que condenou aquela ilha, aquele povo à fome e à miséria. No entanto, eles sempre contaram com a solidariedade internacionalista. Vários países, várias personalidades intelectuais, do mundo, como Gabriel García Marquez, sempre apoiaram a ilha de Cuba.

Lá existe o socialismo cubano, e há coisas boas, Ver. Dr. Raul, descobertas na medicina, na área da Saúde. As crianças vítimas de Chernobyl que estavam condenadas à morte, com câncer, foram-se tratar em Cuba, chegaram com aquela cultura bem fria, distante, e, quando saíram, estavam curadas, abraçavam aquelas enfermeiras e choravam porque voltavam curadas para suas casas. Para o vitiligo só há tratamento em Cuba, a medicina preventiva. O nível de educação do povo cubano não tem essa educação consumista da marca, que sempre tem de comprar uma coisa diferente para ser reconhecido, mas que se diverte, que dança, que curte música clássica, e que tem a sua própria cultura em Cuba. Nós devemos respeitar a sua história, nós devemos respeitar a soberania do povo cubano.

Eu assisti ao filme Elizabeth, Fase Ouro, em que o Rei de Espanha, no ano de 1500 e poucos, Rei Felipe II, dizia que iria salvar a Inglaterra, porque a Inglaterra era protestante, e havia liberdade de culto religioso.

Então, não devemos dizer que vamos salvar Cuba. Fidel escapou de mais de 30 atentados de assassinato, por terrorismo oficial dos Estados Unidos.

Nós, do PT, queremos, nosso querido Vice-Presidente Claudio Sebenelo, demonstrar a nossa solidariedade, o nosso apoio contra o bloqueio econômico, o nosso respeito à soberania e à autodeterminação dos povos. Obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Ervino Besson está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Mario Fraga.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Ver. Claudio Sebenelo, na presidência dos trabalhos; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16 da TVCâmara, eu quero saudar a todos. Primeiramente, quero agradecer ao meu querido colega Ver. Mario Fraga pela cedência de seu tempo, pois vou falar novamente sobre o problema do Detran.

Muitos me disseram que eu estou com tanta raiva, que estou com o rosto inchado! Estou com um pouco de raiva, sim, mas é pela dor de dente.

Ver. Dib, homem cuidadoso, homem que sempre que pode ajuda as pessoas, me entregou o antigo Código de Legislação de Trânsito, está aqui - TVCâmara, por gentileza, queira mostrar – (Mostra o Código.) a numeração, a placa, o artigo e o Código.

Mas o Ver. João Antonio Dib, que é muito cuidadoso, ficou em dúvida, e mandou buscar o novo Código de Legislação de Trânsito, está aqui – TVCâmara, por gentileza, queira mostrar às pessoas que nos assistem - (Mostra o Código.) a numeração da placa no novo Código de Legislação de Trânsito. Isso, meus caros colegas Vereadores, é o que nos revolta.

Ver. João Antonio Dib, eu quero agradecer a V. Exª, do fundo do meu coração, porque V. Exa é uma pessoa extremamente fiel, quando pode, ajuda as pessoas, e quando comete algum equívoco, V. Exª tem a grandeza de reconhecer.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador, eu havia dito, e reitero agora, o Conselho Nacional de Trânsito define, e o Código também, então V. Exª estava com a razão. Eu não sabia qual dos dois tipos, mas quando eu fui verificar, eu vi que V. Exª tinha razão. O funcionário se equivocou com V. Exª, e houve um prejuízo, realmente.

 

O SR. ERVINO BESSON: Obrigado, Ver. João Antonio Dib. Como eu já disse é grandeza de V. Exª. Mais uma vez, eu vou mostrar aqui, para a população (Mostra o Código.) a numeração no novo Código de Legislação do Trânsito. Ora, isso é uma agressão em cima da população brasileira. Imaginem, meus caros Vereadores, meus senhores e minhas senhoras que nos acompanham pelo Canal 16, o que isso cria de problema para os funcionários que atendem a população, porque eles, como funcionários, têm que obedecer às determinações superiores. Então, eles ouvem de tudo e mais alguma coisa das pessoas que reclamam, que reclamam com razão, porque a pessoa faz uma vistoria, paga 42 reais por uma vistoria e tem que pagar mais 40 reais pelas placas. E as pessoas que não têm condições? Está aqui a numeração no novo Código; a numeração, por exemplo, da placa do meu veículo é idêntica.

Eu acho que esse assunto não vai se encerrar aqui, porque nós estamos aqui para defender a população. Esse assunto nós vamos ter que tocar adiante, em outros setores, outros órgãos, enfim, temos que retomar essa discussão. O que poderá acontecer é que, amanhã ou depois, se defina que houve um erro, como aconteceu com o kit de primeiros socorros, como aconteceu, há pouco, com o decalco dos capacetes das motos, e fica por isso. E o povo, mais uma vez, é vítima de algumas pessoas que, infelizmente, ocupam cargos que deveriam ter um pouco mais de conhecimento, um pouco mais de responsabilidade com a nossa população.

Portanto, agradeço pela atenção dos senhores, agradeço ao Ver. João Antonio Dib por ter trazido aqui o novo Código da Legislação de Trânsito, tenho certeza de que essa minha denúncia, este meu pronunciamento não vai parar por aqui.

 

(Aparte anti-regimental do Ver. Carlos Todeschini.)

 

O SR. ERVINO BESSON: Então, se for privatização, nós temos que bater forte para a gente conseguir que isso não aconteça. Muito obrigado, Sr. Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PROFESSOR GARCIA (Requerimento): Sr. Presidente, consultamos as diversas Lideranças, inclusive as da oposição, PT e PCdoB, e fizemos um acordo para invertermos a ordem dos trabalhos para que possamos, imediatamente, entrar na Ordem do Dia - votarmos o Projeto de alteração do Socioambiental -, e, logo depois da votação do PLE nº 009/08, voltamos ao período de Pauta e Liderança.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Professor Garcia. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 0954/08 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 009/08, que autoriza o Poder Executivo a contratar com o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID – operação de crédito externo, com garantia da União, no valor limite equivalente a US$83.270.000,00 (oitenta e três milhões e duzentos e setenta mil dólares dos Estados Unidos da América), para financiamento de obras de reurbanização, saneamento, drenagem urbana e gestão ambiental do Programa Integrado Socioambiental – PISA –, e dá outras providências.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB e COSMAM. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, §1º, V, da LOM.

- incluído na Ordem do Dia em 27-02-08.

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLE nº 009/08. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLE nº 009/08.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; colegas Vereadoras e Vereadores, estou aqui para aproveitar este pequeno, mas importante espaço, que é a tribuna, porque será um release das nossas falas, com notas taquigráficas, vamos poder mandar para algumas pessoas. Espero que os meios de comunicação acompanhem mais os debates da Câmara Municipal; não cometam os equívocos que costumeiramente acontecem aqui em Porto Alegre quando se fala em coisas da municipalidade, como se tudo fosse obra do Espírito Santo, como se os euros, os dólares brotassem do asfalto porto-alegrense, como se o Socioambiental, que levará Porto Alegre a ter mais de 80% de esgoto tratado, fosse obra do divino. Não, absolutamente não é nada disso, houve esforço de muitas pessoas que um dia, em governos passados, iniciaram o processo importante de tratamento de esgotos, como por exemplo, o nobre Vereador e ex-Prefeito João Antonio Dib. Os recursos eram parcos, eram difíceis, a Cidade era outra, a discussão ambiental era incipiente. Depois, vieram outros Prefeitos, que fizeram a sua parte. Agora, a nossa Administração petista fez muito nesta área, desejo da comunidade que, no Orçamento Participativo, pedia tratamento de esgoto, desde a canalização da periferia diante das suas casas até o tratamento do esgoto que chegava ao Lago do Guaíba. Lembram dos banhos no Lami? Lembram dos banhos no Belém Novo? Pois foi durante a Administração petista que isso aconteceu. Todas as negociações do PISA foram feitas - e eu repito: foram feitas pela nossa Administração. Mas eu sou daqueles que reconhecem quando os outros dão continuidade. Porque eu disse aqui, diferentemente do que alguns dizem - que o PT só gosta de instigar para ser contra, de arrumar futrica e rolo -, isto não é verdadeiro, porque, se aqui estivessem, acompanhassem o debate, não falariam isso, ou mentem. Mentem! Inclusive, para quem não leu, para saber o que é um crime de imprensa, leiam o livro “Bar Bodega: Um Crime de Imprensa”, do Carlos Dorneles. E, aí, nós estaríamos vendo como muitas vezes isso é um malefício.

 

O Sr. Claudio Sebenelo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero lhe dar os parabéns, para lhe dizer o seguinte: realmente, V. Exª tem toda a razão. Acho que é uma história de colaboração de todas as Administrações anteriores, não só dos nossos Partidos, mas outros Partidos também colaboraram. E nós temos que fazer esta justiça. Meus parabéns!

 

O SR. ADELI SELL: Por isso é que eu insisto nessa construção coletiva, mas não venham diminuir o que nós fizemos, porque nós nunca viemos aqui para diminuir o que os outros fizeram. Nós tecemos críticas, por exemplo, sobre os Projetos, no sentido de que não precisaríamos fazer tantos adendos, tantas revisões, etc. e tal. Mas nós não seremos contra o DMAE, dirigido pelo Flávio Presser, porque o Flávio Presser não é do PT. Não, não tem nada disso, porque, antes dele, teve o Todeschini, teve o Guilherme Barbosa, teve o Dib e outros.

Portanto, não me venham com esse papo furado de sistematicamente tentar desconstituir a Administração do PT, como se nós fôssemos contra os projetos da atual Administração. Este, sim, é uma continuidade do que nós vínhamos fazendo. E que seja um sucesso para o Prefeito ou a Prefeita que assumirá no dia de 1° de janeiro de 2009. Eu disse e falei! Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLE n° 009/08.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu quero dizer que, neste momento, eu sinto muito orgulho de ser Vereador desta Casa e de ser porto-alegrense de todo o coração. Esse Projeto que está sendo votado, aqui, neste momento, discutido e votado, não é um Projeto novo para a Casa: é uma alteração que nós já aprovamos várias vezes; é um Projeto que vem de uma Administração anterior a esta, onde um Plano Integrado Socioambiental de esgoto cloacal foi projetado, pensado e, agora, está sendo quase transformado em realidade.

Eu quero cumprimentar a Casa, os Vereadores, a oposição - aliás, a oposição, sim, a oposição ao Prefeito pelo seu pronto atendimento a uma solicitação da Liderança do Governo, porque, na realidade, não terão passado duas semanas que este Projeto foi apregoado pela Mesa - foi apregoado no dia 18, e, hoje, nós estamos no dia 28, portanto, 10 dias depois, nós estamos votando o Projeto, porque ele, realmente, é de interesse da Cidade. É um interesse continuado, veio lá da Administração do Dr. Todeschini; talvez antes dele já estivessem pensando, no Governo do PT, mas, essencialmente, começou quando, na Administração, estava o Ver. Todeschini.

Nós votamos e discutimos o Parecer em Sessão Conjunta sem maior número de pronunciamentos, e, agora, nós vamos, por unanimidade - eu tenho a absoluta convicção - aprovar este Projeto, porque este Projeto interessa à cidade de Porto Alegre, interessa ao povo de Porto Alegre.

Hoje, nós temos 27% do esgoto cloacal coletado; nós vamos ter 77% dentro de alguns anos com a aplicação dos recursos trazidos através deste Projeto que está sendo discutido e votado agora.

Eu informava no outro dia que o dólar está baixando, e por isso nós vamos fazer um empréstimo em dólar e vamos pagar em reais. Na segunda-feira eu dizia que o dólar estava R$ 1,70; hoje, está R$1,67. Mas, de qualquer forma, a pressa com que nós fizemos há de fazer com que rapidamente os recursos cheguem, e as obras sejam aceleradas, para que nós possamos melhorar a saúde do porto-alegrense, através de um saneamento, melhorando as condições do nosso Rio Guaíba, que é um bom rio, sem dúvida nenhuma, mas nós vamos torná-lo melhor. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLE nº 009/08.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, pessoas que nos acompanham, sem dúvida Porto Alegre atinge, neste momento, um ponto alto no que diz respeito ao saneamento ambiental.

Num passado não muito distante, as autoridades, especialmente na época do regime militar, concordavam que a água poderia receber toda a carga orgânica, todos os esgotos da Cidade e que ela teria capacidade de se autodepurar. Essa foi uma das memoráveis guerras enfrentadas pelo combatente José Lutzenberger, quando denunciava o lançamento dos esgotos no Guaíba sem o devido tratamento.

Em 1989, quando a Administração Popular assumiu a Prefeitura, 2% dos esgotos recebiam tratamento adequado. Aí veio a iniciativa, especialmente de técnicos do DMAE, de se fazer a Estação de Tratamento de Esgotos, que devolveu, em 1992, o balneário do Lami aos porto-alegrenses, há muito perdido por contaminação de esgotos.

Depois, houve outros investimentos como o Serraria; como o Projeto Pró-Guaíba/BID, em parceria com o Governo do Estado; a construção da Estação São João Navegantes, que trata os esgotos de 14 bairros; e, mais recentemente, a Estação de Belém Novo, que trata os esgotos e devolve a balneabilidade ao balneário de Belém Novo.

Foi uma evolução importante, que passou o tratamento de esgotos, Verª Maria Celeste, de 2% para 27%, com o tratamento adequado, em nível primário, secundário e terciário, que é o nível de devolução dos efluentes ao manancial, ao Guaíba, com a mesma ou melhor qualidade em relação àquilo que a água para o abastecimento público é captada. Desde 2000, inclusive um ano antes ainda da minha estada no DMAE, já havia o desenho, a arquitetura do Projeto Integrado Socioambiental, porque à época veio a Porto Alegre uma missão do Banco JEIBIC, que procurava um grande projeto e um projeto que fosse integrado para ser financiado. E havia aquela necessidade toda de investimento nas obras, de reassentamento das vilas do Arroio Cavalhada e Vila dos Sargentos. Aquela população vive em situação de risco de cheias, pois ocupa praticamente o leito do Cavalhada. São 1.600, 1.700 famílias só ali, e, depois, aquela margem da Vila dos Sargentos. E, também, havia a idéia e a necessidade apontada de despoluição do Guaíba.

Pois bem, foi aí que se juntou a questão da necessidade desse reassentamento, há muito esperado pelas comunidades que ali vivem em situação de risco, e a possibilidade de despoluição do Guaíba, o resgate da balneabilidade das praias, especialmente. Então, foi combinado este Projeto, ele foi estimado, e as tratativas foram feitas junto ao JEIBIC para um financiamento na ordem de 115 milhões de dólares. Acompanhei essa prospecção durante o ano de 2001 e parte do ano de 2002, quando fomos convencidos pelos agentes do Tesouro e pelos agentes da Secretaria da Fazenda do Município e da Secretaria de Captação de Recursos de que não adiantava persistir em buscar dinheiro junto ao banco japonês, pois, à época, o Japão vivia uma situação muito crítica e não tinha condições de financiar ninguém.

Presidente, eu vou utilizar o tempo do Ver. Marcelo Danéris, também. Então, nós nos dirigimos ao BID, com o Projeto pronto, orçado em 345 milhões de reais, ou 115 milhões de dólares. Também passávamos por um momento muito crítico, Vereador Ervino Besson, quando o então Presidente Fernando Henrique estava determinado privatizar água e saneamento no Brasil. Portanto, isso significava que não havia financiamento público e nem financiamento no Brasil para qualquer iniciativa.

Felizmente, em 2001, houve uma luta muito grande – na qual essa Casa se envolveu, o DMAE e a Corsan se envolveram -, e nós conseguimos vencer a batalha contra a privatização da água e do saneamento. Depois, com a eleição do Governo Lula, com a criação do Ministério das Cidades e da Secretaria Nacional de Saneamento, Ver. João Antonio Dib, nós vemos, neste momento, o País revitalizando a área do saneamento, com muito investimento público, com dinheiro do FGTS - que estava privatizado e que volta ao ciclo do investimento público –, com dinheiro do Orçamento Geral da União e com recursos variados. Também compõe esse matiz investimentos internacionais, como no caso do BID - que estamos discutindo nesse momento -, que corresponde a 49% do total do financiamento pleiteado para o Socioambiental. Os 51% restantes são da Prefeitura, mas, desses recursos, 90% são originários do PAC – do Governo Federal, portanto do Presidente Lula, do Ministério das Cidades. É importante que se diga isso, porque, há bem pouco tempo, essa idéia era uma idéia atrasada, uma idéia paquidérmica, uma idéia de quem estava fora de moda, porque o negócio era entregar para empresas multinacionais como a Suez, para Thames Water ou Vivendi, que são grupos poderosos - essas deveriam ter o controle de todo esse negócio envolvendo o serviço de água e saneamento. Bem, vencemos essa batalha e só estamos discutindo isso aqui porque o Lula mudou, substancialmente, o curso da história deste País, voltando a financiar o investimento público em obras e infra-estrutura e saneamento. Porque isso, de um lado, melhora a qualidade de vida, melhora a saúde pública e gera muito emprego, atividade econômica e desenvolvimento. E nós temos que saudar esse movimento, porque é um movimento singular no País, Ver. João Antonio Dib. Ele só acontece graças a uma mudança econômica e política fundamental, que nega aquilo que aconteceu no Governo anterior, que entregou a Companhia Vale do Rio Doce, de presente, para as multinacionais, que entregou a telefonia, que entregou a energia elétrica, que entregou a maior parte dos bancos, como se os brasileiros não soubessem trabalhar, como se os brasileiros não tivessem capacidade. No entanto, estão aí os lucros estratosféricos, porque os ricos do Brasil estão cada vez mais ricos graças ao desmonte e à entrega dos filões de ouro que aconteceram nos Governos anteriores. O Brasil seria, certamente, muito diferente, se nós tivéssemos tido uma visão de defesa do País, uma visão nacionalista, uma visão de enxergar o seu povo, os trabalhadores organizados e os técnicos como capazes de conduzir a boa história do Brasil.

E está aí o setor de saneamento, que é um dos poucos que se salvaram graças a muita luta, mostrando a viabilidade, porque não estão sendo dados aqui recursos gratuitos, todo esse dinheiro é pago, é financiamento, e o que se queria era apenas isso, Ver. Cassiá: a possibilidade de ter financiamento para revitalizar as empresas, para que elas pudessem investir, melhorar a vida e, depois, com serviços, pagar esse empréstimo. E isso era negado, porque, para as multinacionais podia tudo; aliás, entregaram todas aquelas companhias de telefonia e energia lá de São Paulo, sem sequer ter os contratos assinados. O Brasil teve Governos criminosos, que atuaram contra a economia popular e contra a sociedade. E hoje nós vivemos os abusos da telefonia, nós vivemos os abusos de vários setores que foram privatizados, justamente porque entregaram aquilo que era um patrimônio público nacional.

Então, nós queremos saudar este momento em que vamos tomar o empréstimo junto ao BID, que corresponde a 49% do financiamento, porque hoje o Brasil é um país que tem credibilidade, que tem seriedade, que tem crédito externo, é credor internacional, inclusive, passou a ser agora, há poucos dias, dentro deste mês, e tem condições de fazer investimento público capaz de realizar as contrapartidas e fazer com que se resgate a capacidade de ser um país com tem futuro, com liderança e com projeto político. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Maria Celeste está com a palavra para discutir o PLE nº 009/08.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, nada como um dia depois do outro ou uma gestão, uma legislatura depois da outra! Eu lembro que, por várias vezes, por necessidade de emergência na contratação de convênios - estava sendo rememorada, numa conversa com o nosso sempre Vereador, José Valdir -, por várias vezes o nosso Governo enviava para esta Câmara Projetos importantes que diziam respeito à contratação de empréstimos para a cidade de Porto Alegre, Verª Neuza, e por várias vezes o Governo era duramente criticado pelos Vereadores desta Casa pela urgência, emergência com relação aos projetos. E um Projeto dessa magnitude, dessa complexidade, em 15 dias, hoje, já correu Pauta, já passou na reunião conjunta das Comissões, e estamos votando! Quem diria, novos tempos na cidade de Porto Alegre. Isso é muito importante, muito significativo, porque esta oposição que está aqui, é oposição ao Governo da cidade de Porto Alegre, mas não é uma oposição à cidade de Porto Alegre! Esta oposição quer, de fato, que a Cidade cresça, que haja, acima de tudo, desenvolvimento econômico e social em Porto Alegre e que não se percam recursos importantes como esse que nós vamos aprovar logo a seguir, com este Projeto tão significativo e tão importante para a cidade de Porto Alegre.

Então, penso que todos nós, Vereadores desta Câmara Municipal, estamos vivendo novos tempos e estamos, realmente, de parabéns por essa compreensão com a cidade de Porto Alegre na magnitude dos projetos.

Em segundo lugar, eu queria avaliar que, lamentavelmente, por erro da Administração, pela quarta vez vem um Projeto com adendos de empréstimos – novamente! Isso também tem se tornado rotina na Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Por quê? Porque não há um gestor público na Prefeitura Municipal que dê conta administrativamente das questões, das pequenas e grandes questões, como este Projeto de empréstimos. Vimos isso, ao longo do ano passado, Ver. João Antonio Dib, um projeto vem com emendas, remendos, mensagens retificativas, novas propostas, porque foi enviado incompleto ou faltando algum tema ou alguma situação. Então, não é a primeira vez que acontece isso.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Nobre e querida Verª Maria Celeste, Maria do céu, eu quero dizer a V. Exª que nós estamos fazendo um empréstimo em dólares, mas nós vamos pagar as empreiteiras em reais. E como o dólar tem desvalorizado, deve haver alterações na proposta final, que vai ser esta, agora, que já está encaminhada no Senado, como na Câmara aqui, está tudo resolvido. Nós não vamos poder mais mudar o número de dólares.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Muito obrigada pelo aparte, Ver. João Antonio Dib, sempre um grande defensor do Governo Municipal. Gostaria de ter ouvido essas defesas em relação a vários projetos como este, na Legislatura passada, também, de V. Exª.

Eu queria dizer aqui, Ver. João Antonio Dib, que esta oposição tem um compromisso com a cidade de Porto Alegre, os Vereadores da oposição não se furtam de estar fazendo a discussão quando têm de fazer e de dar, inclusive, quórum para que se possa estar votando os projetos prioritários para a Cidade. E quero dizer que, de fato, este Projeto é muito caro para nós, porque ele foi idealizado, realizado, construído, não só pelo gestor público da nossa Administração da Frente Popular, mas, sobretudo, construído com a população de Porto Alegre, através das discussões com a comunidade, através das várias formas que nós temos de participação, de democracia participativa na cidade de Porto Alegre, construindo este Projeto coletivamente. E, portanto, dessa forma, nós já projetávamos que estaríamos passando de 27% do esgoto tratado, quando deixamos o Projeto pronto, no último ano do nosso Governo, para 77%. E é isso que vem na argumentação do Projeto atual. Então, este Projeto não é novo; é um Projeto que foi discutido, implementado pela gestão anterior e que está tendo continuidade, certamente, por esta gestão. E nós queremos, sim, que, de fato, venha para a cidade de Porto Alegre esse empréstimo, com a desvalorização do dólar, com os ajustes que precisam ser feitos nos projetos. E registro aqui a nossa disposição no sentido de aprovarmos este Projeto. Muito obrigada, Sr. Presidente.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o PLE nº 009/08. (Pausa.) O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 009/08.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; demais colegas Vereadores e Vereadoras, nós estamos votando, na verdade, a quarta retificação, Sr. Líder do Governo, deste Projeto; é a quarta versão. E é importante para que quem está nos assistindo que entendam que não é uma duplicação de valores. Nós estamos votando a autorização de um acréscimo de 10% do valor a ser contratado, de um total de 153 milhões de dólares, ou seja, nós estamos autorizando o Governo a contratar 153 milhões de dólares além daquilo que havia sido aprovado no Projeto que votamos aqui em outubro. Isso é devido, talvez, uma pequena parte, em relação às mudanças cambiais que ocorreram, porque parte do Projeto é originário do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento –, 49% aproximadamente, enquanto que 51% da Caixa Econômica Federal e uma pequena parte da Caixa do DMAE. Ainda que nós tenhamos deixado o DMAE, com a prática das atuais tarifas, em condições de financiar esse Projeto, inclusive com a possibilidade de financiar na totalidade, se fosse dimensionado num período um pouco maior, talvez, que dez anos.

Enfim, felizmente o Brasil vive um novo momento de contratação, de possibilidade, de recursos públicos disponíveis, o que é extraordinariamente positivo. O que eu quero criticar aqui é que houve mudanças, e esses dias um Vereador da base do Governo justificava esse aumento pela necessidade da inclusão de programas de geração de emprego, de renda e de sustentabilidade dessas pessoas. Eu quero dizer que essa parte já estava incluída, portanto, carece de melhor explicação. Outros elementos também são agregados, como, por exemplo, uma ampliação da coleta no sistema separador absoluto. Isso é verdadeiro, é uma opção que foi feita, não era uma obrigação; o Governo fez essa opção, e eu acho que não deveria ter feito, porque concentra mais gastos, num momento, só numa obra que poderia ser realizada em outro momento. Caxias está fazendo todas as obras através do sistema de esgoto misto.

Portanto, num País como o nosso, que carece de muitos investimentos, nós temos que ter inteligência e capacidade de aproveitar as redes, as infra-estruturas previamente existentes, porque elas ajudam, dão contam, antecipam os resultados, o que é desejável, o que é bom, o que é necessário, e principalmente em se tratando de saúde pública preventiva, como é o caso do saneamento básico. Então, eu acho que o Governo não precisava optar por fazer o tratamento de esgotos através de um sistema separador, lá na Bacia do Cavalhada, pois há um dispêndio de 30 milhões a mais no Projeto. Ele poderia retardar essa etapa para um outro momento. E há outras coisas que também não estão bem explicadas.

Eu também quero fazer uma crítica, já que eu fiquei bastante indignado: o Projeto tinha um valor de 345 milhões, depois passou para 380 milhões, agora o valor é de 415 milhões, mas as obras físicas diminuíram. Significa menos gente reassentada - saem fora 250 famílias da Vila dos Sargentos e 400 famílias da Bacia do Cavalhada, que serão reassentadas aos encargos da obra do Barra Shopping; está subtraído o Parque Natural do Arroio do Salso; está subtraída uma das linhas de emissários. Estavam dimensionadas duas linhas, e esta é uma das questões: a obra será feita no sistema subaquático, e, no momento em que ela necessitar de manutenção, por acidente, ou por ruptura, ou como aconteceu com a adutora de água que recebeu o impacto, o choque de um barco, fazendo com que ela se rompesse, nós vamos ter uma única linha que vai, então, até ser consertada, lançar os esgotos, na totalidade, no rio. Além disso, há a questão do sistema de tratamento, que tem a minha total discordância, porque nós temos uma extraordinária experiência com o sistema de lagoas, de estabilização, e o Governo optou por mudar para sistemas mecanizados, os quais gastam muita energia, muita manutenção e demandam muita mão-de-obra, o que vai pesar mais no bolso dos porto-alegrenses. Ainda espero que essa situação se reverta, porque as opções técnicas adotadas, no meu entendimento, como ex-Diretor do DMAE, não são as melhores. Obrigado pela atenção de todos.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 009/08.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Rapidamente, Sr. Presidente, Sebastião Melo; eu vou encaminhar em nome da minha Bancada, o Partido Progressista, porque muitas coisas são ditas aqui e ficam muito no ar. Nós estamos aprovando uma autorização para o empréstimo, ou seja, não é um empréstimo ainda. Já foi dito aqui que é importante, que eram necessários mais dólares porque o dólar baixou, e que estava incluindo outro programa de geração de emprego e renda. É outro programa, é outra necessidade, o projeto inicial era de três, quatro, cinco anos atrás, ou seja, as condições se modificaram. Mas eu só queria lembrar algumas coisas: quando nós aprovamos aqui a autorização do financiamento da Perimetral, vieram para cá três, quatro, várias alterações, e nós aprovamos, tranqüilamente, não criticamos. Ouço muitas críticas aqui para alguém que está tentando acertar e melhorar esta Cidade. Eu só queria deixar muito claro que, por ocasião da Perimetral, nós votamos favoravelmente, mas lamentamos tremendamente que foram retirados recursos para a passagem de nível da Av. Ipiranga com a Perimetral, e a passagem de nível da Av. Bento Gonçalves com a Perimetral, que hoje a gente vê que foi um problema muito sério. Retiramos esse benefício da Cidade e colocamos recursos para a pavimentação comunitária, porque essa era a vontade da Administração daquela época. Nós alertamos aqui, falamos isso, aprovamos por unanimidade, mas deixamos registrado. Então, eu só queria esclarecer, e eu tenho certeza de que essa autorização será dada pela unanimidade desta Casa, porque esta Casa é responsável pelo futuro da nossa Cidade. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 009/08.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, vejo como importante a crítica, ela faz parte do processo, mas, na realidade, todos os Vereadores, sejam da situação ou da oposição, estão demonstrando um alto grau de maturidade para um compromisso com a Cidade. Na realidade, esta é a causa principal de nós, Vereadores, estarmos aqui. Este Projeto é, sem sombra de dúvida, o maior Projeto da Cidade dos últimos 50 anos. O valor deste Projeto é uma vez e meia o valor da 3ª Perimetral. Ou seja, é uma soma vultosa: mais de 500 milhões de reais. Mas volto a dizer que num prazo, no primeiro momento, de cinco anos, e num prazo maior, de doze anos, nós teremos a possibilidade de balneabilidade, novamente, do Guaíba. Ou seja, hoje, a Cidade, que tem 27% de saneamento básico, passará para 77%. Imaginem, os senhores, a população de Porto Alegre poderá usufruir, novamente, de banhos em Ipanema, em Pedra Redonda, em Assunção, ou seja, uma nova integração da sociedade porto-alegrense para com aquilo que tem de mais precioso, que é o lago Guaíba.

Quero também agradecer às diversas Bancadas da situação, mas fazendo também um agradecimento à oposição, ao PT e ao PCdoB, porque entenderam de montarmos esse acordo e votarmos. A Verª Margarete foi muito franca e leal na sua posição quando disse: “Nós não seremos nenhum empecilho. Basta a questão da base do Governo ter os 19 votos necessários para abrirmos o quórum e vamos fazer a discussão”. Também quero trazer ao público isso, porque acho que a boa política se faz dessa forma. As nossas divergências, que podem existir e existem, que fazem parte da dialética, são feitas aqui neste momento no Plenário, mas ao sairmos daqui, as divergências terminam. Por quê? A discussão política leva exatamente a isso, ou seja, à formulação, à visão do mundo, ao conceito de idéias. Então, mais uma vez quero fazer um agradecimento aos Vereadores, por terem o entendimento de que o que estamos votando é para a construção e a melhoria da cidade de Porto Alegre. Muito obrigado, Senhor Presidente.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação nominal o PLE nº 009/08. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 29 votos SIM.

O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Vereadores e Vereadoras, estou falando em Liderança pela minha Bancada e trago um assunto que tem sido por demais incomodativo para o nosso Partido, especialmente. Vou falar aqui do tratamento dispensado anos, pela imprensa, em relação aos outros Partidos. Há poucos dias, há um mês praticamente, todos os jornais da Cidade denunciaram esta matéria (Mostra recorte de jornal.): “Suspeitas determinam prisão de Auditor”. Aparentemente um assunto que não tem nada a ver com este debate que eu estou fazendo. Procurei em todos os jornais; cada jornal deu uma página de matéria praticamente, e o assunto é relativo ao assassinato daquela senhora que foi encontrada na Praça Japão, no dia 27 de janeiro, e procurei ver se havia algum vínculo ou alguma menção partidária relacionando, por exemplo, esse cidadão, mas não encontrei nenhuma. Agora, ele foi candidato, pelo PPS, a Vereador; foi candidato, pelo PP, a Deputado, e fazia parte de Partidos políticos, aqui desta Casa, de gabinetes. De outro lado, pego a matéria de um jornal aqui, o mais, digamos assim, importante ou mais potente da Capital, e dizia mais ou menos o seguinte: “Ex-petista implicado é suspeito na CPI das ONGs”. Eu quero fazer essa relação, porque, quando uma notícia dessas aparece, se é alguém do PT, alguém que foi do PT, alguém que é parente do PT ou é vizinho de alguém do PT, os jornais, a imprensa coloca: “petista é suspeito de assassinar a esposa”. É assim que estamos sendo tratados. E nós não podemos nos calar, porque a imprensa tem produzido danos e desgastes, porque é partidária, porque tem lado, porque tem os seus preferidos e porque protege os Partidos da elite. Essa é a discussão que tem que ser feita. São casos e casos, e agora nós estamos vendo a CPI do Detran, é a mesma coisa. Estão com uma clareza solar as responsabilidades de quem fez, ocorre que tem gente muito importante envolvida, no entanto a imprensa tenta, todos os dias, camuflar as coisas e diluir as responsabilidades.

Vamos pegar um outro caso muito prático, muito caseiro: o Prefeito Fogaça foi eleito por um Partido que não existe mais praticamente, aqui nesta Casa, e ninguém cita, ninguém diz. Há um Vereador que não foi eleito pelo PPS, foi eleito pelo PTB, Ver. Brasinha. Então, o Partido que elegeu o Prefeito não existe mais, e a imprensa não faz uma menção a isso! Ver. Haroldo, eu gostaria de ver, se o Prefeito Fogaça tivesse sido candidato pelo PMDB ou pelo PP, duvido que ele fosse eleito, porque esses Partidos têm muito pouca história e muito pouca base, aqui, em Porto Alegre, não tem aceitação. Essa é a verdade: escondeu-se atrás de um “Partido “biombo” para poder aplicar o estelionato eleitoral, e aplicou. No entanto, há o completo silêncio e indiferença da imprensa, porque, se fosse alguém do PT, ex-Prefeito, ex-petista, que agora é de outro Partido, diriam: “faz isso e faz aquilo”. Então, nós não podemos ficar indiferentes a isso que está acontecendo, porque estamos pagando um preço muito alto por coisas que são produzidas pela hegemonia da imprensa, que tem Partido, que tem lado. E eles deveriam ser honestos e dizer: ”Nós fizemos isso, sim, mas é porque nós temos lado”. Porque a imprensa não é independente, ela tem a suas preferências e seus interesses.

Da mesma forma, eu quero fazer uma fala em relação... E se repetiu, agora, na questão do ProJovem, estou aqui com o Relatório do FNDE, que aponta, sim, Ver. Mauro, uma série de irregularidades, pelo menos aqui são oito elencadas. Foram constatadas pelos técnicos as seguintes falhas em relação à execução do Programa: ausência de comprovação...

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Vereador, o seu tempo já encerrou, por gentileza.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Para concluir, então, há uma série de questões aqui que são elencadas e por Relatório oficial do Governo, ainda que o Ver. Mauro conteste, ele me procurou e falou. Mas eu vi que a contestação é de que não foram encontrados elementos nos documentos da Prefeitura, no entanto, não se teve acesso aos documentos da Fundae, e estão os documentos do MEC, aqui, atestando os problemas todos elencados. Obrigado pela atenção, e é essa a manifestação que faço em nome da minha Bancada, obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo ): Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 8254/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 278/07, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que institui o Programa Municipal de Incentivo à Doação de Medula Óssea e de Sangue do Cordão Umbilical e Placentário – Pró-Medula – e o Dia Municipal de Doação de Medula Óssea e dá outras providências. Com Emenda nº 01.

 

PROC. Nº 8351/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 287/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que denomina Rua Ayrton Senna da Silva o logradouro não-cadastrado, conhecido como Rua C – Vila Castelo –, localizado no bairro Restinga.

 

PROC. Nº 9524/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 314/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que denomina Rua Governador Synval Sebastião Duarte Guazzelli o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua Doze – Vila Dois Toques –, localizado no bairro Rubem Berta.

 

PROC. Nº 9639/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 320/07, de autoria da Verª Maria Luiza, que denomina Rua Andaluz o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 4019 – Vila Orfanotrófio I –, localizado no bairro Santa Tereza.

 

PROC. Nº 9781/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 322/07, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que inclui o § 2º no art. 3º da Lei nº 5.456, de 23 de outubro de 1984, e alterações posteriores (que define Pontos de Estacionamento para o serviço de transporte de passageiros em veículos de aluguel – táxi – e estabelece normas), determinando o número de vagas nos pontos de estacionamento fixo.

 

PROC. Nº 0187/08 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 004/08, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que denomina Rua Júlio Viegas o logradouro público cadastrado, conhecido como Beco Um – Rua Goiás –, localizado no bairro Lomba do Pinheiro.

 

PROC. Nº 0328/08 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 007/08, de autoria do Ver. Adeli Sell, que estabelece o período de 21 a 30 de junho de cada ano para a divulgação e o incremento do consumo do arroz-de-carreteiro e do charque, inclui esse período no Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre e dá outras providências.

 

PROC. Nº 0859/08 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 008/08, que cria e extingue Funções Gratificadas na Administração Centralizada, altera a redação da letra “c” do Anexo I da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988, e alterações posteriores. (FG Assistente Técnico)

 

PROC. Nº 8295/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 279/07, de autoria do Ver. Professor Garcia, que declara de utilidade pública a Associação Gaúcha de Familiares de Pacientes Esquizofrênicos – AGAFAPE.

 

PROC. Nº 0131/08 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 001/08, que acrescenta artigo 3º - A à Lei 8.694, de 03 de janeiro de 2001, que dispõe sobre incentivo no âmbito do poder público municipal, ao Programa de Arrendamento Residencial com opção de compra, instituído pela Medida Provisória nº 1.944-19, de 21 de setembro de 2000, e dá outras providências, com a finalidade de incluir o DEMHAB na dispensa de pagamento nas operações de compra de área pública para implementação de equipamentos comunitários, com compensação por parte do Município, em caso de produção habitacional para baixa renda.

 

PROC. Nº 0168/08 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 002/08, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Geralda dos Santos Moreira o logradouro não-cadastrado, conhecido como Beco dos Amigos, localizado no bairro Serraria.

 

PROC. Nº 0169/08 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 003/08, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Carlos Artur de Freitas o logradouro não-cadastrado, conhecido como Beco O – Vila do Sargento –, localizado no bairro Serraria.

 

PROC. Nº 0171/08 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 002/08, que declara de utilidade pública a Associação dos Moradores do Vale dos Canudos.

 

PROC. Nº 0359/08 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 008/08, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Alcides Ancelmo de Almeida o logradouro não-cadastrado, conhecido como Rua B – Vila Nova Santa Rosa –, localizado no bairro Rubem Berta.

 

PROC. Nº 0430/08 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 004/08, que declara de utilidade pública o Clube de Mães e Pais Santa Catarina.

 

PROC. Nº 0501/08 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 006/08, que cria e extingue cargos de provimento efetivo no Departamento Municipal de Limpeza Urbana do Município de Porto Alegre e dá outras providências. (Agente de Limpeza)

 

PROC. Nº 9050/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 085/07, de autoria do Ver. Dr. Raul, que cria, na Câmara Municipal Porto Alegre, a Frente Parlamentar Contra a Violência ao Idoso – FPCVI.

 

PROC. Nº 9780/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 088/07, de autoria dos Vereadores Dr. Goulart, Dr. Raul e Maria Luiza, que cria, na Câmara Municipal de Porto Alegre, a Frente Parlamentar em Defesa do Planejamento Familiar – FPPF.

 

PROC. Nº 0362/08 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 009/08, de autoria do Ver. Dr. Goulart, que institui o Dia de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla no Município de Porto Alegre, a ser comemorado anualmente, no dia 30 de novembro.

 

PROC. Nº 0500/08 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 005/08, que altera o “caput” e o § 1º do art. 7º da Lei nº 9.329, de 22 de dezembro de 2003, que institui, no Município de Porto Alegre, a Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública, prevista no art. 149-A da Constituição Federal.

 

PROC. Nº 3454/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 102/07, de autoria da Verª Maristela Meneghetti, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Kledir Alves Ramil.

 

PROC. Nº 7898/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 247/07, de autoria da Verª Neuza Canabarro, que denomina Rua Thomaz Manoel Silveira o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 959, localizado no bairro Sarandi.

 

PROC. Nº 9065/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 025/07, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que concede temporariamente a isenção de pagamento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU – e do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN – aos contribuintes residentes e domiciliados ao longo da Avenida Baltazar de Oliveira Garcia, no trecho diretamente afetado pela paralisação das obras que fazem parte do Projeto Linha Rápida.

 

PROC. Nº 9529/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 315/07, de autoria dos Vereadores Ervino Besson e João Carlos Nedel, que denomina Rua Recanto dos Pássaros o logradouro público não-cadastrado, conhecido como Rua 6425, localizado no bairro Ponta Grossa.

 

PROC. Nº 9530/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 316/07, de autoria dos Vereadores Ervino Besson e João Carlos Nedel, que denomina Rua Izabel Vargas Pinto o logradouro público não-cadastrado, conhecido como Rua 6424, localizado no bairro Ponta Grossa.

 

PROC. Nº 9531/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 317/07, de autoria dos Vereadores Ervino Besson e João Carlos Nedel, que denomina Rua Desembargador Dionysio Marques o logradouro público não-cadastrado, conhecido como Rua 6426, localizado no bairro Ponta Grossa.

 

PROC. Nº 9535/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 318/07, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Irmão Avelino Madalozzo o logradouro público não-cadastrado, conhecido como Rua 2051 – Loteamento Timbaúva –, localizado no bairro Mário Quintana.

 

PROC. Nº 9955/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 325/07, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que denomina Rua do Jesuíno o logradouro público cadastrado, conhecido como Beco do Jesuíno, localizado no bairro Lageado.

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo ): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)

O Ver. Dr. Raul está com a palavra para discutir a Pauta.

 

(O Ver. Sebastião Melo reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. DR. RAUL: Exmo Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Vereadores, Vereadoras, todos que nos assistem, em especial gostaria de cumprimentar o pessoal da Ilha da Pintada, que estava aqui presente, e dizer que estamos na 228ª Feira do Peixe que começa agora, com a manifestação no dia 9, e vai começar do dia 18 ao dia 21 de março, tanto no Largo Glênio Peres como na esplanada da Restinga.

E me atendo à Pauta, temos dois Projetos de Lei de Resolução de autoria deste Vereador, com a colaboração de outros Vereadores desta Casa, que eu acredito que sejam de extrema relevância. Um é o que cria a Frente Parlamentar em Defesa do Idoso, ou seja, contra a violência ao idoso. E neste Projeto temos também a participação, o apoio do Ver. João Antonio Dib, do Ver. Haroldo de Souza, porque, na realidade, nesta Casa, nós precisamos propor também, além das nossas ações fiscalizadoras, políticas públicas para que as coisas realmente sejam voltadas a quem de direito. E eu diria que, hoje, o idoso, até porque, na nossa sociedade brasileira temos um número muito maior de idosos a cada ano que passa, ele precisa ter uma qualidade de vida, ele precisa ter um respeito à sua situação e precisa que, realmente, haja uma transversalidade de ações entre os órgãos públicos para que todas as ações que têm a ver com a pessoa da melhor idade realmente sejam tomadas no sentido de uma qualidade melhor.

Também, então, nesse sentido, eu gostaria de saudar esse Projeto agora lançado pela Governadora Yeda Crusius para transformar o Estado em um Estado Amigo do Idoso, que é de extrema importância. Nós sabemos que várias Secretarias - em número de doze agora - estão trabalhando, através de uma frente, para justamente fazer com que as ações façam já, e já houve ações – inclusive em Capão da Canoa, em que mais de 35 Municípios compareceram – no sentido de que se façam ações realmente com amplitude estadual para que o idoso seja cada vez mais valorizado, uma vez que a nossa expectativa de vida cada vez aumenta mais, ainda bem. Hoje nós estamos aqui no Rio Grande do Sul com uma expectativa de vida que já passa dos 74 anos e queremos avançar, queremos chegar até aquela situação que já vivemos em alguns locais do mundo onde temos um grande número de pessoas que já ultrapassam os 100 anos de idade.

E o outro Projeto é aquele em que eu tenho a parceria também da Verª Maria Luiza, do Ver. Dr. Goulart, que propõe a Frente em Defesa do Planejamento Familiar. Todos sabem da minha militância nesse tema, já há muitos anos, inclusive a Lei que conseguimos aprovar recentemente, em fevereiro, que cria o Centro de Planejamento Familiar de Porto Alegre. Essa é uma ação imperativa na Cidade e a qual nós vamos dar continuidade para que ela seja amplificada e divulgada o mais breve e sempre, porque nós precisamos, principalmente nas populações mais carentes. dar acesso para que as pessoas tenham direito à anticoncepção, à ligadura de trompas, à vasectomia, à orientação, a palestras para que, realmente, tenham aqueles filhos que possam ter, que desejam ter, e não tenham crianças simplesmente por ter crianças.

Hoje mesmo eu ainda estava atendendo na Unidade de Saúde no Partenon, onde atendo, e lá havia um número bastante grande de pessoas do Programa Prá-Nenê, onde se vêem mães de 14, 15 anos, com crianças pequenas no colo, trazendo seus filhos para atendimento médico. Coisa linda aquelas crianças; mas depois vem mais uma criança, duas, três... E quantas mais ainda virão? E o pessoal, infelizmente, não tem condições de cuidar de um número desse porte de crianças. Isso acaba na drogadição, nas ruas, nos assaltos, na insegurança, e as pessoas realmente não conseguem ter uma vida digna.

Então, precisamos de uma condição melhor de vida para todos, que o planejamento familiar seja implementado e que as pessoas, dentro do espírito de cidadania, não ouçam, simplesmente, dentro dos postos de saúde, que “elas não podem fazer tal coisa”, que “você não deve fazer isso ou aquilo”, e sim que o cidadão tenha o seu direito respeitado e que, se quiser fazer uma vasectomia, uma ligadura de trompas, que o Poder Público faça com que essas coisas aconteçam de uma maneira rápida e diligente. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder. (Pausa).

O Ver. Mauro Zacher está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MAURO ZACHER: Sr. Presidente dos trabalhos, Ver. Claudio Sebenelo; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público que nos acompanha nas galerias, e aqueles que nos assistem pela TVCâmara, o assunto que vou falar, desta tribuna, já está sendo discutido há algum tempo nesta Casa, motivo que me fez retornar a este Parlamento, licenciando-me justamente para que a gente pudesse dar explicações e uma prestação de contas. Na terça-feira desta semana, eu enviei uma nota à imprensa, em que nós entregamos um documento que chegou a mim, um documento do Ministério da Educação, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, o FNDE, que nos entrega um relatório de uma auditoria feita na Secretaria da Juventude em relação ao ProJovem. Então nós achamos importante divulgar para a imprensa, para a sociedade, os resultados deste Relatório, e este Relatório conclui dizendo o seguinte (Lê.): “Com relação à denúncia veiculada na imprensa local sobre possíveis irregularidades na execução do ProJovem, na contratação da Fundação Educacional e Cultural para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura – Fundae -, após verificar a execução do objeto do Convênio nº 839005/2005, junto à Prefeitura Municipal de Porto Alegre, não foi localizada nenhuma irregularidade merecedora de registro.”

Este parágrafo da conclusão nos diz isto: não houve nenhuma irregularidade em relação ao ProJovem. Entretanto, e isso está muito claro na nota que eu envio à imprensa, foram feitos oito apontamentos, apontamentos de ordem administrativa, gerencial, do Programa, todos eles questionáveis, todos eles passíveis de questionamento, muitos deles já sanados, e alguns deles importantes de serem sanados para o bom andamento do Programa. Na verdade, foram oito os apontamentos. Nós convocamos aqui uma reunião, a meu pedido, na Comissão de Educação, Cultura, Esportes e Juventude, para que pudéssemos acompanhar a execução e o andamento do ProJovem na Capital. Este documento do MEC, do Governo Federal, é, com certeza, um balizador; nós ainda aguardamos a sindicância municipal colocada aqui pelo Prefeito para que possamos fazer uma avaliação ainda mais aprofundada. Já foi anunciada pelo presidente da sindicância, na imprensa, que na primeira quinzena de março estaremos recebendo os resultados. Não tenho dúvida de que este documento que sai é um documento não definidor, mas um balizador para todos os outros que aguardamos ainda em relação às denúncias do ProJovem.

Então, caros Vereadores, Vereadoras, imaginei que a Bancada do PT viria a esta tribuna. Realmente, como estamos fazendo, não nos omitindo, através da Comissão de Educação, Cultura, Esportes e Juventude, Ver. Todeschini, fazendo um relato justo... O senhor já foi Secretário; se eu for lá olhar as auditorias efetuadas na sua Secretaria, com certeza há apontamentos; com a Secretária Cavedon, terá apontamentos, porque faz parte de uma auditoria apontar para que falhas sejam ajustadas. Mas está claro, não há irregularidades! Está claro isso no documento! Leiam-no!

Em relação à Fundae... bom, aí é outro lado. Aí a investigação não é de minha responsabilidade. A Polícia Federal está investigando a Fundae. Investiguem!

Agora, a parte deste Secretário está aqui! Não há irregularidades! Mas ninguém vai dizer isso! Vão continuar dizendo que os apontamentos são irregularidades, como a Verª Sofia Cavedon falou na Gaúcha! Não são irregularidades! São falhas administrativas passíveis de serem sanadas! Mas olhem! O que estão fazendo? Não queriam? Está aqui! Quem sabe a auditoria do MEC não vale também, Vereadora?! Estão acima de uma auditoria do Governo Federal?! Este é um documento importante; eu ainda aguardo outros da sindicância municipal, mas eu gostaria, Vereadores da oposição, Vereadores que também fazem o seu papel de fiscalização, que V. Exas. fossem justos! Justos! Eu, por muito, vim aqui me explicar. Esperei. Todos sabem que eu me licenciei, tive uma postura republicana! Vim para cá para esperar que fossem investigadas... E se as denúncias foram feitas, se as explicações não foram satisfatórias, estão aqui os documentos. Sejam justos, Vereadores, porque eu aguardei. Não fui para o contra-ataque, não levantei questões do Partido de vocês, em respeito! Agora, eu tive respeito a esta Casa, quando retornei e expliquei, e estou, aqui, aguardando as respostas. Eu quero ver se a Bancada do PT, que fez o panfleto, divulgado nesta Cidade, vai ter a coragem de também reconhecer o seu erro. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Obrigado, Ver. Mauro Zacher.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Sras Vereadoras; Srs. Vereadores, antes eu me manifestei dizendo da minha satisfação e orgulho de ver esta Casa aprovar, e aprovar por unanimidade, o Projeto de Lei da mais alta relevância para a sociedade porto-alegrense, para o povo de Porto Alegre.

Hoje, pela manhã, uma pessoa amiga me dizia que eu tinha que escrever um livro sobre a minha vida pública. Eu disse que não gostava de escrever livros, nunca escrevi livros; escrevi alguns artigos por aí, mas, livro, eu não vou escrever nunca. Eu até informei a ela, eu disse: “Mas eu sou um homem que não tem recortes das atividades exercidas ao longo de tantos anos”. Mas a minha memória ainda continua muito boa. Eu fui Diretor do DMAE, a primeira vez, em 1968, e era o Departamento Municipal de Água e Esgotos, porque lá nós cuidávamos também do esgoto pluvial, não só do esgoto cloacal, que, na época, tinha cerca de 2% de esgoto coletado. Mas, em 1975, eu retornei ao DMAE e lá estive em 1975 e 1976. Nesse período, nós concluímos os três emissários de esgoto da Zona Norte, com recursos tão-somente do DMAE, uma vez que havia o Planasa, e o Planasa queria que o DMAE fosse incorporado à Corsan, que o DMAE deixasse de ser um órgão do Município, e nós lutávamos contra isso. Portanto, nós não recebíamos financiamento de parte alguma. Nós deixamos prontos os três emissários da Zona Norte que complementavam a Estação de Tratamento Navegantes, que lá está feita na Administração do Partido dos Trabalhadores. Então, há uma seqüência: alguém começou, outros continuaram. Mas eu quero dizer que nós contávamos tão-somente com recursos do DMAE.

O Prefeito Olívio Dutra criou a taxa de esgoto cloacal, para que as estações de tratamento fossem feitas, e só muito recentemente a Estação da Zona Norte foi concluída e os três emissários que estavam prontos foram a ela ligados.

Eu devo dizer que eu tenho que elogiar o DMAE que deixou de fazer coleta de esgoto pluvial, já que o Prefeito Telmo Thompson Flores criou o Departamento de Esgoto Pluvial, e, ao mesmo tempo que criou esse Departamento, ele o fez sendo um plano de esgoto pluvial para a toda a Cidade, onde lá está também incluído o Conduto Forçado da Álvaro Chaves. Claro que está como plano e não como projeto. Posteriormente, deveria ser feito o projeto, e foi feito o projeto, iniciada a construção desse Conduto Forçado na Administração Guilherme Socias Villela, com recursos próprios, porque nós não recebíamos recursos de financiamento, e a rua Álvaro Chaves foi levantada e nela colocado o Conduto Forçado, que, segundo informam, no dia 18 de março, já vai começar a funcionar (o Conduto Forçado Álvaro Chaves-Goethe). Isso já estava previsto.

Mas eu quero dizer que, se o Projeto do Plano Integrado Socioambiental acaba de se tornar realidade pela votação unânime dos Vereadores presentes, ele começou a ser estudado na Administração do Partido dos Trabalhadores, que já deixava a Cidade com 27% do esgoto coletado. Ele começou a ser estudado, um plano e não um projeto, e foram colocadas dúvidas pela coletividade em relação a algumas iniciativas desse plano: as torres e outras coisas mais.

Assumiu o Prefeito Fogaça, assumiu o novo Diretor do DMAE, e continuaram os estudos iniciados pelo Dr. Carlos Todeschini. Tinham que continuar, porque as coisas boas têm que continuar, não podem parar. E há agora um projeto definitivo, já aprovado pelos órgãos técnicos, já levado ao conhecimento do BID, e que vai nos proporcionar a possibilidade de receber os 84 milhões de dólares, agora autorizados. Até porque o DMAE é um pagador exemplar. Nós fizemos um empréstimo na Administração Loureiro da Silva para fazer a hidráulica do Menino Deus, num momento em que a Prefeitura não tinha recursos como tem hoje, e ele foi pago religiosamente sem nenhum problema. E o dinheiro foi investido...

 

(Aparte anti-regimental do Ver. Guilherme Barbosa.)

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: O Ver. Guilherme Barbosa diz que pagou a última, mas eu vou discordar, a última foi paga em 1976. Assim como o Prefeito José Montaury fez um empréstimo para o esgoto cloacal em 1909, e nós terminamos de pagar em 1984, porque a Prefeitura sempre teve capacidade de endividamento e, mais do que isso, sempre honrou com os seus pagamentos. Tanto que nós temos um novo projeto, e o mais importante de tudo é que nós vamos ter, com esse novo projeto, 77% do esgoto cloacal coletado e tratado, o que vai dar para o Rio Guaíba outras condições que ele hoje não tem, ainda que hoje o Rio Guaíba seja um bom rio e tenha quantidade de oxigênio dissolvida bastante grande, sem nenhum problema. Evidentemente, nas margens há bastante poluição, mas o Rio tem lugares com 20 quilômetros de largura. O Rio tem uma vazão mínima de 800 ou 900 metros por segundo aqui na Ponta da Cadeia, mas em dias de cheias ou de chuva forte essa vazão sobe para 14 mil, 15 mil metros por segundo. Portanto, a Câmara hoje está de parabéns, a Cidade está de parabéns, e os Vereadores mostraram que, quando é de interesse para a Cidade, estão todos atentos e prontos. Saúde e PAZ!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito obrigado, Ver. João Antonio Dib.

A Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Exmo Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; senhoras e senhores, quero continuar o diálogo que fizemos no dia de ontem em relação às questões não apenas pertinentes a Porto Alegre, mas a conseqüência, Verª Margarete Moraes, que Porto Alegre está vivenciando por falta de políticas públicas, por falta de articulação. Não apenas Porto Alegre, mas também com o Governo Yeda/Feijó em relação às políticas públicas necessárias para amenizarmos – já que não há capacidade estrutural para isso – os problemas mais sérios que nós vivemos.

Não sou eu que digo, está aqui. E quero repetir as denúncias que o jornal Zero Hora faz dizendo que Porto Alegre - juntamente com São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro - está na lista dos maiores centros consumidores de cocaína do País, tornando-se, em menos de uma década, mais violenta do que São Paulo e Nova Iorque. No ano passado, 430 pessoas foram assassinadas em Porto Alegre.

Senhoras e senhores, o Secretário de Segurança Pública, José Francisco Mallmann, diz que reconhece as dificuldades orçamentárias, mas as suas fichas para a redução da violência estão concentradas em medidas que independem de recursos. Vejam a alternativa do bravo Secretário Mallmann (Lê.): “A maior parte dos homicídios está relacionada ao consumo do álcool e por isso que o nosso principal instrumento é a redução do funcionamento dos bares”.

Ora, eu quero dialogar com o Secretário Mallmann, Ver. Sebenelo, V. Exª que tem um Projeto nesta Casa. Secretário, por que o senhor não direciona o seu holofote, já que está tão empoderado neste momento, por ser Secretário, contra a Rede Globo, por exemplo, que obriga, no quadro do Big Brother, as pessoas a estarem alcoolizadas? E aqui eu quero agradecer ao Pastor Nilo - está no site do Terra - que diz (Lê.): “Natália diz não lembrar de nada e se desculpa da bebedeira”. Ora, se a Globo não botasse bebidas, as pessoas não iam se expor àquele ridículo a que são expostas! E esta Casa honrou a sua tradição, pela sua seriedade, e aprovou a Moção, que já foi enviada ao Ministro da Justiça.

Por que o Secretário Mallmann não investe o seu potencial, sendo uma figura respeitadíssima, na questão com os narcotraficantes em rede internacional? Porque eles perpassam as barreiras deste País! O tráfico não tem barreira institucional, não respeita nacionalidade dos países! Por que o Secretário Mallmann não investe a sua força, a sua responsabilidade no combate às indústrias, por exemplo, da bebida? No entanto, o Secretário Mallmann ajuda, sim, com isso, porque isso não vai acabar, porque ele não vai ao foco, não vai ao fundo, por não ter políticas organizadas, por exemplo, com a questão federal, com a questão estadual e internacional em relação ao consumo de álcool, com a questão do consumo de drogas. Porque, gente, ninguém é ingênuo, nem em Porto Alegre, nem em qualquer parte do mundo, se nós não combatermos a causa do problema, que são os grandes industriários da questão do narcotráfico, como os industriários da bebida, os bares vão deixar de vender bebida? Aí os bares têm de fechar mais cedo! Ora, me desculpa, mas não é nem paliativo; é vergonhoso! Porque atacam os pequenos, que poderiam ter alternativas, e quem os faz não é tocado! Então, por favor, isso não vai resolver! Infelizmente, Vereador, se realmente ajudasse a resolver, eu seria a primeira a empunhar essa bandeira. Eu não tenho problemas com essas coisas, eu não sou nada para a Globo, mas a minha responsabilidade, onde eu posso ter alcance, eu estou fazendo. Agora, se nós não nos detivermos essa situação, Ver. Claudio Sebenelo, será muito grave! Eu quero, sim, sou parceira no sentido de que o Secretário Mallmann venha aqui, porque eu quero lhe dizer, educadamente, de uma forma civilizada, como estou fazendo nesta tribuna, exatamente o que eu estou dizendo. E serei parceira com o Secretário no sentido de ajudar a construir essas relações para nós buscarmos, na Constituição Federal, ou seja aonde for, formas para chegar a esses bandidos que formam um cartel, que ceifam vidas, em especial a vida dos nossos jovens. Muito obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Ver. Claudio Sebenelo, Presidente dos trabalhos; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, público que nos assiste nas galerias e pela TVCâmara, nós apresentamos um Projeto que concede, temporariamente, a isenção de pagamentos de impostos, como o IPTU e o ISS, aos contribuintes residentes e aos domiciliados ao longo da Av. Baltazar de Oliveira Garcia, no trecho diretamente afetado pela paralisação das obras que fazem parte do Projeto Linha Rápida. E apresentamos o Projeto porque identificamos uma falta de atitude, uma falta de iniciativa e uma indiferença muito grande por parte das autoridades - tanto por parte da atual Governadora e do Governador anterior, bem como do Prefeito - para com uma obra desse tipo, que impacta muita gente, pois é uma obra de 5,5 quilômetros. É permitida, ou autorizada, a abertura de cinco frentes de trabalho e, depois, essas obras ficam abandonadas por dois anos e meio, por três anos; o comércio quebra; e os moradores sofrem com os transtornos, com a insegurança, como barulho, com a poeira. E há a necessidade de o Governo Estadual realizar as contrapartidas do financiamento, e esse financiamento atrasa dois anos e meio, três anos, Ver. Cassiá. Isso não pode ficar assim. Então, nós apresentamos um Projeto de Lei isentando, temporariamente, até a conclusão da obra, essas pessoas que são vítimas. Elas já tiveram um dano, pela omissão, pela indiferença e pela falta de iniciativa dos governantes. Então, não é justo que elas - além de todo o prejuízo, de todo dano, de toda violência que já sofreram - venham ainda a pagar impostos pelas melhorias que deveriam ter recebido. Nesse sentido, nós estamos encaminhando este Projeto para a discussão dos Srs. Vereadores, para debater a Cidade e para fazer uma reparação, para compensar, Verª Maria Celeste, os estragos feitos pelos Governos. E eu lembro que essa necessidade de contrapartida, por parte do Estado, era de 10%, talvez 5 milhões, 5 milhões e meio de reais.

Quando fui Diretor do DMAE, foi solicitada a implantação da adutora, para que, depois, pudesse ser construída a via sobre ela. E, de pronto, tivemos que suplementar, fizemos no mesmo ano, Ver. Braz, em 2001, e custou 2 milhões e 200 mil reais, metade do que o Estado deveria investir como contrapartida. Isso retardou e causou todo o transtorno, e, sistematicamente, nós temos notícias da paralisação das obras, Ver. Brasinha. Agora teve uma arrancada num ritmo desejável, mas, sistematicamente, reiteradamente, nós ouvimos que a obra vai parar de novo, porque faltou uma documentação do Estado, porque o Estado está no Cadin, porque não cumpriu as obrigações que deveria cumprir.

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Todeschini, o senhor sabe que desde quando as obras foram retomadas pela Governadora Yeda elas não pararam mais. No começo, foi meio lento, mas, agora, está a todo vapor. Quero também lembrar o senhor sobre aquela ponte que divide Alvorada e Porto Alegre, o senhor conhece bem, o senhor era Secretário na época.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: O senhor é a favor da isenção dos impostos para os prejudicados?

 

O Sr. Alceu Brasinha: Com certeza!

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: O senhor também será um beneficiado!

 

O Sr. Alceu Brasinha: Eu quero voltar a falar para o senhor, Vereador, que as obras daquela ponte começaram em março de 2002; levaram três anos para concluir a ponte, março de 2005. Mas eles não pensaram, fecharam toda aquela quadra, aquela quadra quebrou, todo o comércio daquela quadra está quebrado até hoje! E antes era o seu Governo aqui e lá do outro lado!

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Obrigado, Ver. Brasinha. Ocorre que nós estamos agora tratando do Governo do Estado, onde já passaram dois Governadores. O Governo anterior, o Governo Rigotto, iniciou uma obra sem ter recursos. Isso não é invenção, foi dito em reunião, pelo Diretor da Metroplan, que era uma obra sem recursos; então, não poderia ter iniciado do jeito que iniciou. Iniciou tecnicamente de modo incorreto e demorou muito tempo para que a nova Governadora retomasse as obras; mais de ano ficaram paradas, e os danos são incalculáveis. Portanto, apresentamos este Projeto com o intuito, com o objetivo de reparar os danos àqueles que foram muito prejudicados pelas ações ou pela falta de ações dos governantes. Obrigado pela atenção.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): A Verª Margarete Moraes está com a palavra para discutir a Pauta.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Sr. Presidente, Ver. Claudio Sebenelo; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos assiste pela TVCâmara, quero dizer que a idéia do Ver. Dr. Raul em relação a um Projeto que cria na Câmara Municipal de Porto Alegre a Frente Parlamentar contra a Violência ao Idoso é uma idéia muito interessante, que merece a nossa consideração, porque nós sabemos que as pessoas da terceira idade, depois de toda uma vida de trabalho, de muito trabalho, elas merecem conforto, merecem cultura, merecem arte, esporte. E esse trabalho já havia iniciado na Administração Popular. Lembro que a Secretaria Municipal de Esportes tinha um trabalho na praça Araribóia, no bairro Jardim Botânico, assim como todo o trabalho que era realizado no Ginásio Tesourinha e que continua através da Secretaria Municipal de Esportes. Havia na Usina do Gasômetro uma oficina, também, para a melhor idade que, infelizmente, se extinguiu, porque a Usina foi loteada para alguns grupos de teatro que são amigos do Secretário ou do Prefeito Fogaça.

Nós devemos trabalhar com alegria, com lazer para a terceira idade, como no Baile de Carnaval do Idoso, que aconteceu aqui ao lado e que exigiu um horário especial.

E, falando em carnaval, os carnavalescos sempre têm como segmento mais valorizado a Velha Guarda; eles têm muito orgulho da sua Velha Guarda, acho que em todos os setores da sociedade isso deveria acontecer.

Infelizmente ainda sofrem maus tratos - não entendi qual foi a expressão do Ver. João Carlos Nedel. Os idosos sofrem maus-tratos pelas instituições, pelas famílias, inclusive nos ônibus, e até agora não conseguiram resolver a questão de eles terem direito de sentar no banco, não importa se na frente ou atrás do cobrador.

Quero dizer ao Ver. Mauro Zacher que nós que não fazemos oposição à Cidade, gostaríamos que não houvesse nenhuma irregularidade naquele relatório do MEC; mas, infelizmente, dos oito itens, foram mantidas todas as constatações, Ver. Adeli Sell. Todas foram mantidas, não foram consideradas satisfatórias. Inclusive, quero dizer que o Ver. Mauro Zacher, de uma maneira velada, vem tentando constranger os Vereadores e Vereadoras do Partido dos Trabalhadores, mas ele não vai conseguir, porque vamos seguir com essa denúncia e vamos mandar para os jornalistas o Relatório como um todo, e não só a parte que interessa a ele.

Queria voltar à Pauta e também fazer observações em relação ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que concede temporariamente a isenção de pagamento de impostos na Av. Baltazar de Oliveira Garcia, no trecho diretamente afetado pela paralisação das obras. O caso da Av. Baltazar é o que mais traduz a palidez, a falta de gosto, acho que às vezes até um desdém, um desprezo pela administração pública, pela gestão pública em Porto Alegre, porque deixa comerciantes, residentes, crianças, pessoas velhas, todos expostos à sujeira, à poeira, ao desconforto, prejudicando a sua vida, o seu direito de ir e vir, e prejudicando também o seu trabalho.

Nós, da Bancada do PT, somos a favor dos impostos; nós achamos que os Governos têm o direito de arrecadar impostos para devolver à população em serviços, pensando nas pessoas que mais precisam. E essa é a regra dos impostos, não são para o Governo fazer caixa ou ter superávit; são para devolver para a população os serviços públicos. Então, quando se arrecada e se ignora o sofrimento das pessoas, como se ignorou lá na Av. Baltazar, que ainda está em obras de uma maneira muito lenta, se ignora esse sofrimento, se despreza a vida cotidiana daquelas pessoas. A Prefeitura não tem o direto de arrecadar em relação a essas pessoas, até que seja consertada definitivamente a obra da Av. Baltazar de Oliveira Garcia, porque nós sabemos que os danos, os prejuízos que existem na vida delas não vão acabar quando a obra terminar. Esses prejuízos vão ocorrer por muito tempo ainda. No mínimo, por mais dez anos; haverá um prejuízo irreversível para aquelas vidas, e uma maneira de compensação disso é a isenção para essas pessoas em relação aos seus impostos. Muito obrigada, Ver. Claudio Sebenelo.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Claudio Sebenelo): Muito obrigado, Verª Margarete Moraes.

O Ver. Ervino Besson está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Presidente Claudio Sebenelo, Vereadores, Vereadoras, eu queria falar sobre o Projeto do Executivo que amplia a dispensa de pagamento em operações de compra de áreas públicas a serem compensadas, com aquisição por parte do Município nos casos de parcelamento do solo para fins de implantação de equipamentos comunitários. Hoje, a lei já permite esse incentivo apenas para os contratos da Caixa Econômica Federal. Este amplia: mantém os da Caixa Federal e amplia para outros programas, para outros agentes que também financiam na mesma situação, e também para os projetos do próprio DEMHAB, ou em parceria com o DEMHAB. Então, o Poder Público Municipal está ampliando esses benefícios.

Eu queria dizer à Verª Margarete Moraes que eu fiz uma expressão, Verª Margarete, porque eu estava procurando qual era o projeto de Pauta a que V. Exª estava se referindo quando falou dos idosos. Eu estava procurando e não encontrei. Eu não sei se V. Exª pode me informar.

 

A Srª Margarete Moraes: É o PR nº 085/07, de autoria do Dr. Raul, e está na página quatro.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Do Dr. Raul, na página quatro: cria a Frente Parlamentar Contra a Violência ao Idoso. Muito obrigado. Eu o estava procurando. V. Exª diz que esse programa já havia iniciado no período da dita Administração Popular, mas a Frente é um programa novo. E também não vi nada, nenhum projeto que fale do Ver. Mauro Zacher, que V. Exª referiu. E acho que temos que nos ater aos Projetos em Pauta...

 

O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu gostaria de comentar o que o senhor acaba de colocar e dizer que esse é um momento privilegiado para discutir projeto de Pauta. Agora, nós não vamos aceitar chantagem. Não vamos aceitar chantagem! O senhor leve esse recado para toda a Câmara: aqui ninguém vai ser chantageado.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Estranhei muito essa manifestação de chantagem, nós estamos falando em projeto de pauta, não tem nada a ver.

 

O Sr. Adeli Sell: Eu entendi o recado!

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: O senhor não entendeu nada. O senhor quer se aproveitar de um projeto de pauta para falar sobre outro assunto. É anti-regimental e V. Exª sabe bem disso. Isso não pode acontecer aqui, esta é uma Casa democrática e nós temos que cumprir o Regimento. Que fique bem claro isso!

Voltando ao Projeto de Pauta, eu gostaria de falar sobre o Projeto do Ver. Carlos Todeschini que dá, aos moradores, a isenção de um imposto municipal, sobre um assunto da Av. Baltazar de Oliveira Garcia, em decorrência de uma obra do Governo do Estado. Por que o Município vai pagar por alguma coisa que houve por culpa do Governo do Estado? Não dá para entender.

E mais: eu não quero dar opinião sobre o assunto da constitucionalidade porque eu presido uma Comissão que não pode dar essa opinião aqui, mas vejam um detalhe que o Vereador falou, que o Projeto ficou parado dois anos, três anos. Não foram dois anos, foi muito menos.

Outra coisa que eu quero deixar muito clara é a má vontade do Governo Federal com relação à cidade de Porto Alegre, com relação ao Estado do Rio Grande do Sul. Má vontade! Por quê? Esse não é um financiamento novo. Nós estamos falando de um aditivo ao contrato anterior, mas que o Governo, burramente e de propósito, quer dizer: “Não; quero fazer um contrato novo.” É um aditivo. É somente fazer um aditivo. E o BNDES, a mando de um Governo que quer prejudicar o Estado e a Cidade, está impedindo, colocando óbices à livre execução deste Projeto. É triste que se veja isso em pleno século XXI.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Aldacir Oliboni): Solicito que o Ver. Carlos Todeschini assuma a presidência dos trabalhos.

 

(O Ver. Carlos Todeschini assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Sr. Presidente, Ver. Carlos Todeschini; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; eu queria também abordar alguns Projetos que acredito que sejam de extrema importância e estão na Pauta de hoje. Dois deles são do Ver. Dr. Raul, um deles é o que cria a Frente Parlamentar contra a Violência ao Idoso, de extrema importância, como a nobre Verª Margarete falou há pouco. Isso vai ao encontro das políticas que adotávamos no nosso Governo, inclusive com as atividades permanentes que o Conselho Municipal do Idoso realizava aqui, nesta Casa. Tinha-se, na verdade, uma política para o idoso na Cidade.

O outro Projeto do Ver. Dr. Raul, juntamente com outros Vereadores, que quero referir é o que cria a Frente Parlamentar em Defesa do Planejamento Familiar, que inclusive também é assunto de vários Projetos aprovados nesta Casa.

Destaco também o Projeto de autoria do Ver. Dr. Goulart que institui o Dia de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, também de extrema importância para prevenirmos essa questão da esclerose múltipla.

De autoria do Ver. Todeschini saliento o Projeto que cria uma compensação, um desconto especial aos moradores da Av. Baltazar de Oliveira, em função das obras tão demoradas e cuja conclusão é tão esperada nesta Cidade.

Queria também falar de um Projeto de minha autoria, que também está em 2ª Sessão, que institui o Programa Municipal de Incentivo à Doação de Medula Óssea e de Sangue do Cordão Umbilical e Placentário – Pró-Medula – e o Dia Municipal de Doação de Medula Óssea, e dá outras providências.

Eu queria também dar uma explicação sobre o que é o transplante de medula óssea. O transplante de medula óssea é um tipo de tratamento proposto para algumas doenças malignas que afetam as células do sangue. Ele consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea, com o objetivo de uma nova medula. O transplante pode ser autogênico, quando a medula ou as células precursoras de medula óssea provêm do próprio transplantado, no caso o receptor, ou alogênico, quando a medula ou células provêm de outro indivíduo, o doador. O transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de medula óssea, obtidas do sangue circulante de um doador ou de sangue de cordão umbilical.

Aqui em Porto Alegre, para quem ser doador - para saber se é compatível -, nós temos dois grandes centros que são a Santa Casa e o Hospital de Clinicas. Nós temos, no Cadastro Nacional, hoje, cadastrados 300 mil cidadãos, e em cada cem mil cidadãos nós encontramos a possibilidade de ter um doador para um determinado grupo de sangue. Então, vejam bem, somente 300 mil doadores! Se 20% de um milhão e 400 mil cidadãos desta Cidade fossem doadores, nós teríamos, com certeza, solução para a menina que há poucos dias, Ver. João Antonio Dib, procurou esta Casa. Ela está aguardando pela possibilidade de transplante; é a Carina dos Santos, de 12 anos. A sua mãe, D. Vera, disponibiliza o seu telefone particular para maiores contatos: 98826418. É de extrema importância que nós como cidadãos, nos solidarizemos com esse tipo de ação, e este Projeto vem criando o Dia Municipal para o Incentivo à Doação.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Aldacir Oliboni, em primeiro lugar quero cumprimentá-lo pelo Projeto, ao mesmo tempo pedir desculpas porque eu vou falar de dois Projetos que estão na Pauta, mas não estão sendo comentados por V. Exª, mas como é o último dia, eu preciso dizer. Denominar como Rua Airton Senna da Silva, o mundo conhece Airton Senna; então, o Silva nós podemos tirar. Mas a outra é uma homenagem ao Governador Sinval Sebastião Duarte Guazzelli. Claro que vamos dizer que é o Governador Sinval Guazzelli, mas com relação ao local, o Governador Guazzelli não merece uma homenagem tão pequena, eu acho que nós temos que procurar um outro lugar. Eu já comuniquei à Verª Maria Luiza que vou tentar buscar um outro local para homenagear essa figura que nasceu na minha Vacaria.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Obrigado, Ver. João Antonio Dib.

Para concluir, nobre Presidente, queria também me solidarizar com o Ver. João Carlos Nedel, em função do nome da Rua Irmão Avelino Madalozzo, um grande lutador desta Cidade, um homem que foi Presidente da Cruz Vermelha, um homem que foi coordenador do Grupo Solidariedade da PUC, fez um excelente trabalho. Portanto, tem o nosso apoio, com certeza, porque é um homem que deixou a sua marca em nossa Cidade. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Todeschini): Nós concluímos o período de Pauta e os trabalhos de hoje.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 16h53min.)

 

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